ATA DA QÜINQUAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 28.06.96.
Aos vinte e oito dias do mês de junho do ano de mil novecentos e
noventa e seis, reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quinze minutos foi realizada
a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado,
Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme
Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta,
João Verle. Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz
Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo
Brum Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton
Araújo. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos
cópias das Atas da Quadragésima Quarta e Quadragésima Quinta Sessões
Ordinárias, das Atas da Décima, Décima Primeira e Décima Segunda Sessões
Solenes que, após serem votadas juntamente com as Atas da Quadragésima Segunda,
Quadragésima Terceira Sessões Ordinárias e da Terceira e Quarta Sessões
Extraordinárias, foram aprovadas. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador
Giovani Gregol. 01 Pedido de Providências; pelo Ver. Isaac Ainhorn, 01 Projeto
de Lei do Legislativo n° 104/96 (Processo n° 1788/96); pelo Ver. Jocelin
Azambuja, 01 Indicação n° 48/96 (Processo n° 1725/96); pela Vera. Maria do
Rosário, 03 Pedidos de Providências e pelo Prefeito Municipal, 1 Projeto de Lei
do Executivo n° 35/96 (Processo n° 1791/96). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios
n°: 275, 276, 277 e 278/96, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre;
226/96, do Senhor Nilo Barreto, Diretor da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul - PUC e 671/96, do Senhor Cristiano Roberto Tatsch. Em
continuidade, a Requerimento do Ver. Edi Morelli, foi realizado um minuto de
silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Leonardo Busatto. A seguir, nos termos
do artigo 100 da Lei Orgânica Municipal, Tribuna Popular, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Senhor Cássio Rocha dos Reis, Presidente da Fundação
Rotary Club Porto Alegre - Bom Fim, que divulgou o lançamento da Campanha do
"Teste do Pézinho", que pretende ajudar na prevenção de deficiências
mentais em crianças. Às nove horas e trinta e oito minutos, o Senhor Presidente
agradeceu a presença de todos e suspendeu os trabalhos, os quais foram
retomados às nove horas e quarenta e dois minutos. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, 1ª Sessão. estiveram: o Projeto de Emenda à Lei Orgânica n° 03/96
discutido pelo Ver. João Dib, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 94, 89 e
90/96, estes dois últimos discutidos pelo Ver. João Dib; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nºs
91, 92 e 96/96; em 3ª Sessão os Projetos de Lei do Legislativo nºs 74
e 87/96: o Projeto de Lei Complementar do Executivo n° 06/96, discutido pelo
Ver. Artur Zanella e o Projeto de Lei Complementar do Executivo n° 07/96,
discutido pelos Vereadores Artur Zanella, Edi Morelli, José Valdir e Reginaldo
Pujol. A seguir, foi aprovada Licença para Tratamento de Interesses Particulares
do Vereador Guilherme Barbosa na data de hoje, dando posse, o Senhor
Presidente, ao Suplente Gerson Almeida, informando que Sua Excelência integrará
a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Constatada a existência de
"quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA. Os trabalhos estiveram
regimentalmente suspensos das dez horas e vinte e três minutos às dez horas e
vinte e nove minutos. Reabertos os trabalhos, o Senhor Presidente submeteu à
consideração do Plenário Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja, com adendo do
Ver. Henrique Fontana, solicitando
alteração da ordem de votação dos processos constantes na Ordem do Dia, o qual
foi aprovado, após ser encaminhado à votação pelo Ver. João Dib. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nºs 162/95 e
030/96, o primeiro após ser discutido pelos Vereadores Dilamar Machado e Décio
Schauren. Em prosseguimento, o Senhor Presidente apregoou Emenda n° 01, de
autoria do Ver. Henrique Fontana, ao Projeto de Lei do Executivo n° 011/96. Ainda
em Discussão Geral e Votação, foi aprovado, após ser discutido pelos Vereadores
Reginaldo Pujol e Wilton Araújo, o Projeto de Lei do Executivo n° 011/96 e a
Emenda de n° 02, de autoria do Ver. João Dib, a ele aposta e apregoada pelo
Senhor Presidente, tendo sido retirada, a Requerimento, deferido, de autoria
do Ver. Henrique Fontana, a Emenda n° 01 . Em continuidade, o Senhor Presidente
apregoou o recebimento de Emenda de Liderança n° 01, do Ver. João Dib. ao
Projeto de Lei do Legislativo n° 042/96, que após ser discutido pelo Ver.
Reginaldo Pujol, foi aprovado, bem como a Emenda n° 01 a ele aposta. O
Projeto Lei do Executivo n° 017/96,
após ser submetido à votação nominal, foi aprovado por vinte e cinco votos SIM
e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Artur
Zanella, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Fernando Záchia.
Giovani Gregol, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João
Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário,
Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Raul Carrion,
Reginaldo Pujol, Wilton Araújo e Gerson Almeida, e optado pela abstenção o Ver.
Pedro Ruas. Também em Discussão Geral e Votação foram aprovados: o Projeto de
Lei do Executivo n° 018/96, após ser discutido pelo Ver. Wilton Araújo; o
Parecer n° 198/96, da Comissão de Constituição e Justiça, à Questão de Ordem,
de autoria do Ver. João Dib, que solicitou interpretação do parágrafo 2° do
artigo 1° das Disposições Orgânicas Gerais e Transitórias da Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre (Projeto de Lei do Executivo n° 033/96), nos termos
do artigo 194, parágrafo 2° do Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre,
após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Dib, Airto Ferronato, Luiz
Braz, Elói Guimarães, Raul Carrion e Reginaldo Pujol, por vinte e cinco votos
SIM e um voto NÃO, a Requerimento de Votação Nominal, do Ver. Reginaldo Pujol,
tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz,
Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia.
Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José
Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário
Fraga, Milton Zuanazzi, Paulo Brum, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol
e Gerson Almeida e votado Não o Ver. João Dib. O Senhor Presidente deu
conhecimento ao Plenário da Declaração de Voto encaminhada à Mesa pelo Ver.
Artur Zanella, referente ao Parecer votado. A seguir, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo n° 019/96, por vinte e sete votos Sim, tendo sido submetido à
Votação Nominal a Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, votando Sim os Vereadores
Airto Ferronato, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi
Morelli, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton
Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul
Carrion e Gerson Almeida. Foi aprovada também a Emenda n° 01 ao Projeto de Lei
do Legislativo n° 51/96. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Executivo n° 051/96, por vinte e nove votos SIM dos
Vereadores Airto Ferronato, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren,
Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol,
Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João
Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do
Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo
Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Gerson, Almeida. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Executivo nºs 022 e
024/96, e o Projeto de Resolução n° 09/96. Os trabalhos estiveram suspensos das
doze horas e quarenta e sete minutos às doze horas e cinqüenta e seis minutos
com vistas à Reunião Conjunta das Comissões. A seguir, o Senhor Presidente
submeteu à consideração do Plenário Requerimento de sua autoria solicitando o
adiamento da discussão, por uma Sessão, do Projeto de Resolução n° 018/96, o
qual, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Jocelin Azambuja,
Fernando Záchia, Raul Carrion, Dilamar Machado e Isaac Ainhorn, e submetido à
votação nominal a Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja, foi Rejeitado por
treze votos NÃO, doze votos SIM, tendo votado Não os Vereadores Airto
Ferronato, Artur Zanella, Edi Morelli, Fernando Záchia, Jocelin Azambuja, Luiz
Braz, Luiz Negrinho, Mário Fraga, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo
Leal, Pedro Ruas e Raul Carrion e Sim os Vereadores Clovis Ilgenfritz, Décio
Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
João Dib, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário e Gerson
Almeida. Os trabalhos estiveram regimentalmente suspensos das treze horas e
trinta e sete minutos às treze horas e quarenta e oito minutos. O Senhor
Presidente apregoou o recebimento das Emendas nºs 07 e 08 ao Projeto
de Resolução n° 018/96, de autoria dos Vereadores Nereu D'Ávila e João Dib,
respectivamente, e submeteu à consideração do Plenário a prorrogação dos trabalhos, por
duas horas, a qual foi aprovada. Em Discussão Geral e Votação, após ser
encaminhado à votação pelos Vereadores Jocelin Azambuja, Antonio Hohlfeldt,
João Dib, Raul Carrion, Fernando Záchia, Henrique Fontana, Nereu D’Ávila, Luiz
Negrinho, Reginaldo Pujol e Isaac Ainhorn, foi aprovado, com ressalva das
Emendas, Subemendas e Destaques, o Projeto de Resolução n° 018/96, por dezoito
votos SIM, dez votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser, submetido à votação nominal
a Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Airto
Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Edi Morelli, Fernando Záchia,
Isaac Ainhorn, João Dib, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz
Negrinho, Mário Fraga, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro
Ruas, Raul Carrion e Reginaldo Pujol e Não os Vereadores Clovis Ilgenfritz,
Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Helena Bonumá, Henrique
Fontana, João Verle, José Valdir, Maria do Rosário, Gerson Almeida, e
abstendo-se o Ver. Giovani Gregol. A seguir, foi aprovada a Emenda n° 01 e a
Subemenda n° 01 à Emenda n° 01, ambas ao Projeto de Resolução n° 018/96,
declarando, o Senhor Presidente, prejudicada a Emenda n° 05 ao Projeto de
Resolução n° 018/96. A Emenda n° 03 ao Projeto de Resolução n° 18/96,
submetida à votação nominal a Requerimento do Vereador Jocelin Azambuja, foi
rejeitada por quinze votos NÃO, quatorze votos SIM, tendo votado Não os
Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Edi Morelli,
Fernando Záchia, Isaac Ainhorn, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho,
Mário Fraga, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas e
Reginaldo Pujol, Sim os Vereadores Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar
Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João
Dib, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Raul Carrion e
Gerson Almeida. Em função da votação da Emenda n° 03, o Senhor Presidente
declarou prejudicada a Emenda n° 06. A Emenda n° 04 ao Projeto de Resolução n°
018/96, submetida à votação nominal a Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, foi
rejeitada por quinze votos SIM, treze votos NÃO, tendo votado Sim os
Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Edi Morelli,
Fernando Záchia, Isaac Ainhorn, Jocelin Azambuja, Luiz Negrinho, Mário Fraga,
Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion e
Reginaldo Pujol, Não os Vereadores Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar
Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João
Dib, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário e Gerson
Almeida. A Emenda nº 07 ao Projeto de Resolução nº 018/96, submetida à votação
nominal a Requerimento do Vereador Jocelin Azambuja, foi rejeitada por
dezesseis votos SIM, onze votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Clovis
Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol,
Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Verle, José
Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila. Pedro Américo Leal e
Gerson Almeida e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Edi
Morelli, Fernando Záchia. Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Mário
Fraga, Paulo Brum, Raul Carrion e Reginaldo Pujol. A Emenda n° 08 ao Projeto de
Resolução n° 018/96 foi aprovada por dezoito votos SIM, três votos NÃO e duas
ABSTENÇÕES, após ser submetida à votação nominal a Requerimento do Vereador
Nereu D'Ávila, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Clovis
Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Fernando Záchia,
Giovani Gregol, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João
Verle, José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal, Raul
Carrion e Gerson Almeida e Não os Vereadores Lauro Hagemann, Luiz Negrinho e
Nereu D'Ávila, optando pela abstenção os Vereadores Antonio Hohlfeldt e Edi
Morelli. Em prosseguimento, o Senhor Presidente deu conhecimento ao Plenário
das Declarações de Voto encaminhadas à Mesa pelos Vereadores Artur Zanella, Elói
Guimarães, Dilamar Machado e pela Bancada do Partido dos Trabalhadores,
atinentes ao Projeto de Resolução n° 18/96. Às quinze horas e vinte e cinco
minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão. convocando os Senhores
Vereadores para a Reunião da Comissão Representativa na próxima quarta-feira,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Isaac
Ainhorn, Mário Fraga, Fernando Záchia e Edi Morelli e secretariados pelo Ver.
Fernando Záchia. Do que eu, Fernando Záchia, 1° Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada. será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
ERRATA
- Após os registros referentes à votação do Projeto de Lei do Executivo nº 19/96, onde se lê “( ...) Foi aprovada também a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 51/96 (...)”, leia-se “(...) Foi aprovada também a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 19/96 (...)”.
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Registramos o recebimento de um comunicado justificativo da Vera
Clênia Maranhão, que, tendo em vista o
falecimento do seu sogro – Sr. Leonardo Busatto -, estará ausente desta Sessão,
já que os atos fúnebres serão realizados em Veranópolis.
O SR. EDI
MORELLI (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que
façamos um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Sr. Leonardo Busatto.
O SR.
PRESIDENTE : Convidamos
todos para que, em pé, façamos um minuto de silêncio.
(Procede-se à homenagem
póstuma.)
A seguir, passamos à
Convidamos o Dr. Cássio
Rocha dos Reis e também os representantes da Governadoria do Rotary – Distrito
4680, para ingressarem na área do Plenário, acompanhados de seu Governador, que
no dia de amanhã assume a Governadoria deste Distrito.
Passamos a palavra ao Dr. Cássio Rocha dos Reis, que, nesta oportunidade falará sobre o Projeto “Pró - Teste do Pézinho”.
O SR. CÁSSIO
ROCHA DOS REIS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) A Fundação do Rotary Club Porto Alegre – Bom Fim vem
abraçando a causa saúde/prevenção. Estamos lançando o projeto “Pró-Teste do
Pézinho” para prevenir a deficiência mental, é lei desde 1990, Lei nº 8.069.
Dentro disso vinha sendo cumprida só uma parte dessa obrigatoriedade.
Engajamo-nos neste se projeto para que 100% das crianças carentes tenham
acesso a esse teste, para que se possa prevenir a deficiência nos casos
positivos. Dentro disso, fomos à Secretaria Estadual de Saúde, na pessoa do Dr.
Germano Bonow, com a qual estamos firmando contrato para que esta Lei seja
cumprida em 100%. A deficiência mental é um custo muito alto para as entidades,
principalmente aquelas crianças que são abandonadas pelos pais porque não tem
condições financeiras e nem psicológicas. Nós sabemos que um caso positivo de
fenilcetonúria, com setenta reais por mês nós temos uma cura de 100% sem danos
à criança. No caso de hipotiroidismo, com dois reais por mês nós temos a cura,
também, de 100%, desde que se já feito o exame no prazo máximo de trinta dias
após o nascimento. A análise, no Estado do Rio Grande do Sul é feita pela
faculdade de farmácia da Universidade do Rio Grande do Sul com a parte técnica
dos especialistas da Universidade. A FAMURS está nos apoiando para que todas as
secretarias de saúde municipais se engajem neste teste.
Então, queremos dizer que temos um trabalho muito árduo em nível
de concientizar os pais. O teste é gratuito, mas os pais tem que ser
conscientizados da necessidade de faze-lo, porque o teste deve ser feito a
partir do terceiro dia do nascimento e a criança já saiu do hospital. Nós
temos, junto à Corregedoria-Geral da Justiça, buscado autorização para que seja
feito um folheto explicativo e distribuído no momento em que a criança é
registrada.
A lei determina que deve ser
feito o teste, então nós temos que buscar esta criança onde for para fazer o
teste. O custo no caso de ser positivo é mais alto do que prevenir. Dentro
disso viemos a esta Casa buscar o engajamento para esta campanha, pois, com as
parcerias que estamos buscando e unindo as forças eu acho que nós vamos
alcançar o nosso objetivo, pode ser até audacioso de nossa parte, de que 100%
das crianças que nascerem no Estado do Rio Grande do Sul façam teste do Pézinho.
Por quê? Porque futuramente nós teremos crianças 100% normais e não vamos ter
um custo muito elevado como ocorre hoje. A FAMURS tem se empenhado junto ao
SUS, junto aos órgãos competentes para que seja pago o valor que realmente
custa, porque é muito alto o custo. O tratamento é caro, porque o leite é
importado da Alemanha e existem algumas dificuldades para essa importação. Mas
nós, através do Rotary, vamos conseguir e alcançar o objetivo de tratar 100%.
Nós não poderíamos lançar um projeto no qual a criança é detectada como
positiva e não é tratada.
O Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, através do Departamento de Genética Médica, está engajado 100%
para o tratamento e assistência dessas crianças. O Exército Brasileiro também
está engajado neste projeto, para, nos casos positivos, poder locomover essas
crianças o mais rápido possível.
Estamos aqui na Câmara Municipal para buscar apoio, porque o início é difícil, a continuidade é difícil. Queremos que todos possamos levantar essa bandeira e, juntos, de uma forma ou de outra, divulgar a necessidade de fazer o Teste do Pézinho, a necessidade de prevenir a deficiência mental para que a gente tenha o sucesso necessário sobre a doença. Então, contamos com o apoio da Câmara, para que possamos desenvolver esse trabalho, com a Câmara engajada nesse projeto. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Em nome desta Casa manifestamos nossa satisfação pela presença do Rotary Porto
Alegre- Bom Fim; do seu futuro governador, do distrito 4680, Dr. Fernando
Magnus, que assume amanhã, juntamente com o Dr. Bins, o Dr. Paulo, o Dr.
Homero, que se fazem presentes nesta manhã.
Esta casa integra-se a esta
campanha face à relevância e a natureza deste programa que o Rotary está
assumindo e pela importância do ponto de vista da saúde da nossa gente, através
do Teste do Pézinho. Infelizmente a lei existe e não é cumprida em sua
plenitude. Nós queremos integrar esta Casa atendendo ao apelo desta instituição
que é reconhecida como de utilidade pública e deste clube de serviço que aqui
em nosso País, e no mundo, tem prestado importantes e relevantes serviços à
humanidade. Já tivemos oportunidade de prestar inúmeras homenagens, através de
diversos Vereadores, ao Rotary, no curso dos anos. Este trabalho de integração
tem uma continuidade, um reconhecimento desta Casa, dos Vereadores desta Casa e
desta instituição. Nós gostaríamos, inclusive, que os dirigentes do Rotary, que
nos convocam a esse desafio, encaminhassem a esta Casa um projeto de integração
para o engajamento desta, através da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que é
uma Comissão Permanente desta Casa, na ampliação desse trabalho.
Nós reiteramos que a
presença do Rotary nesta manhã, fazendo uso da Tribuna Popular, tem uma
importância muito grande para a sociedade porto-alegrense. A ação e a medida
tem uma natureza altamente austera, sadia e
filantrópica.
Gostaríamos, também, de
registrar que a Casa, juntamente com os dois distritos de Rotary sediados em
Porto Alegre, no dia 11 de julho, celebrará o convênio, com 22 clubes de Rotary
de Porto Alegre, convênio de informação de toda a sinopse dos trabalhos
legislativos desta Casa, na mais autêntica e pura participação da sociedade
civil no acompanhamento dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal. É uma
iniciativa, desta Casa, pioneira que está tendo e terá no futuro resultados
importantíssimos de participação popular e da sociedade civil organizada no
processo de elaboração e aperfeiçoamento das leis que saem aqui desta Casa.
Portanto, por todas essas razões, agradecemos a vinda dos senhores aqui nesta
manhã, oportunidade em que se valeram da Tribuna Popular. Tenho certeza de que esta Casa, através dos seus canais
próprios e competentes, inclusive da Mesa Diretora, se integrará juntamente com
a Comissão de Saúde e Meio Ambiente e os senhores Vereadores se integrarão a
esse programa a que hoje somos convocados a participar. Muito obrigado.
Estão suspensos os
trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 9h38min.)
O SR. PRESIDENTE (Mário Fraga – às 9h42min): Estão reabertos os trabalhos.
1ª SESSÃO
PROC. 1586/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 089/96, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que faculta
colocação de dispositivo luminoso nos veículo que compõem a frota de táxis de
Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC. 1587/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/96, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que estabelece
adicional de 10% sobre o valor de avaliação de próprios municipais ocupados por
lindeiros, no caso de alienação com dispensa de processo licitatório, e dá
outras providências.
PROC. 1661/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/96, de autoria da Vera Maria do Rosário, que determina
a colocação de cartão de identificação nos veículos da frota de táxi e lotação
do Município de Porto Alegre.
2ª SESSÃO
.
PROC. 1671/96 - PROJETO DE
I.EI DO LEGISLATIVO Nº 096/96, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que declara de
utilidade pública a Entidade Comunitária Israelita Brasileira - ECIBRAS.
PROC. 1607/96 - PROJETO DE
LEI DO.LEGISI.ATIVO Nº 091/96, de autoria do Ver. João Motta, que denomina Rua
Diamante um logradouro irregular, localizado na Vila Nossa Senhora Aparecida,
no Bairro Sarandi.
PROC. 1614/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISI~ATIVO Nº 092/96, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que denomina
Travessa Daltro Rodrigues Menezes um logradouro público, localizado no Bairro
Sarandi.
3ª SESSÃO
PROC. 1512/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 074/96, de autoria
do Ver. Nereu D’Ávila, que isenta da contribuição de ISSQN os representantes
comerciais do Município de Porto Alegre.
PROC. 1569/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/96, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que concede o
título honorifico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor João Cláudio Gera Costa.
PROC. 1528/96 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/96, que altera a Lei Complementar nº 315, de 06 de
janeiro de 1994, que dispõe sobre o Instituto do Solo Criado no Município de
Porto Alegre, e regulamenta a sua aplicação.
PROC. 1529/96 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/96, que altera a Lei Complementar nº 43, de 21 de
julho de 1979, e dá outras providências. (Plano Diretor).
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra. Ausente do Plenário. O Ver. Artur Zanella está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ARTUR
ZANELLA:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Vereador, normalmente, aqui nesta Casa, em
Pauta, anda falando só para a Taquigrafia e para os Anais. Os processos vem,
ninguém os discute, e eles são aprovados.
Falarei, então, para a Taquigrafia,
e com grande orgulho, para os Anais desta Casa porque está em Pauta ainda o
Plano Diretor, vai para a 3ª Sessão, duvido que algum Vereador tenha conseguido
até agora analisar o Plano Diretor. Não temos assessoria, não temos condições
nesta correria que se anda de, tecnicamente, examiná-lo. Terminará o Plano
Diretor sendo aprovado do jeito que veio e, quando aparecerem os problemas aí
ninguém mais foi o responsável. Mas, continuo insistindo que é uma época
inoportuna. Passei o semestre inteiro dizendo que ele vinha no mês de junho,
que viria o recesso. Nós vamos votá-lo depois, em agosto e setembro, antes das
eleições.
Nesta Casa, Ver. Paulo Brum,
é sempre elogiada a nova legislatura, a nova legislatura é sempre melhor que a
anterior. Vereadores honestos, trabalhadores, ótimos, aí entra o projeto do
Plano Diretor, eles passam a ser corruptos, venais, e trocam votos e dinheiro
pela aprovação do Plano.
A mesma coisa quando entra o projeto do sábado inglês, todos são
honestos até prova em contrário, até que entre o sábado inglês. Aí as pessoas
que votam contra o sábado inglês, tem seus nomes distribuídos em todos os
lugares e dizem que receberam dinheiro de comerciantes. O Plano Diretor é a
mesma coisa, ou votamos antes das eleições, agosto ou setembro, com todos os
problemas decorrentes, ou votamos em outubro e novembro, quando alguns estarão
eleitos, e não preocupados com o Plano Diretor, outros não estarão eleitos e
também não preocupados com o Plano Diretor.
Mas, é nosso dever discutir,
insistir para que sejam contratados assessores para que examinem isso, uma
vírgula bem colocada, como são as vírgulas do grande literato Alexandre Herculano,
uma vírgula pode alterar o Plano Diretor. Põe mais metros, mais andares. A
interpretação, Ver. Paulo Brum, existe no Conselho do Plano Diretor numa coisa
chamada Resolução Interpretativa.
Então, o Plano Diretor que
é feito e aprovado por esta Casa, tem a Resolução Interpretativa que
interpreta como quer e esta Casa nunca fica sabendo o que interpretaram lá. Tem
de tudo no Plano Diretor.
Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, mesmo pregando no deserto, quero dizer que nós temos um Processo
extremamente importante.
O outro é o Instituto do
Solo Criado e isso tem que ser examinado profundamente, porque se presta a distorções,
a problemas, se presta a ultrapassar os limites da lei e está aqui. Vai
passando, passando e daqui a pouco se aprova e o mais pobre pode construir até
2 andares, o mais rico pode até 10, 12, sei lá, desde que tenha dinheiro para
comprar.
Encerro dizendo que hoje,
isso não tem nada a ver com a Pauta, mas é a realidade que vivemos, está
fechando mais uma creche, mas não uma creche comum, uma creche modelo em Porto
Alegre que aproveitava, na parte de baixo, uma casa de religião. É na Caixa
Econômica, 320. O Sr, Antônio Rodrigues – “Seu Sete” - cansou. Cortaram as
verbas da Fundação Gaúcha do Trabalho. Acabou a LBA e acabou hoje, em Porto
Alegre, mais uma creche e mais 80 crianças estão na rua, sem comida e sem
agasalho. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: A
palavra com o Ver. João Dib que se rescreveu em Pauta. V. Exa. tem cinco
minutos. São permitidos apartes.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, o Ver. Artur Zanella deve saber que a creche
fechou também porque não recebeu apoio ia Prefeitura. Não era daquelas 90
creches que eram amigas do rei.
O Ver. Elói Guimarães quer
alterar dispositivos da Lei Orgânica do Município na substituição do Prefeito.
Ora, a coisa está tão bem feita até agora que o melhor é não mexer. Nós iríamos criar complicações. Porque o Procurador-Geral do Município substitui o Prefeito, no atendimento do expediente, ou o Vereador pretende tornar o Procurador Geral do Município um prefeito interino com capacidade jurídica de mandar Projetos de Lei a esta Casa, sancionar leis, ou apenas responder pelo expediente. Eu acho que tudo funciona muito bem; prefeito, vice-prefeito e um secretário respondendo pelo expediente da Prefeitura eventualmente quando acontecer fatos extraordinários.
O Ver. Jocelin Azambuja quer
a colocação de dispositivo luminoso nos veículos que compõem a frota de táxi em
Porto Alegre e dá outras providências. Ele está facultando, eu estaria
procurando quem proíbe que se faça isso, uma simples resolução da Secretaria
dos Transportes faria com que essa medida pudesse ser implantada sem
necessidade de uma lei facultativa, acho que não funcionaria bem porque as
pessoas, na simples troca de coloração do painel que diz o número do táxi,
normalmente não o enxergam não estão atentas.
O Sr. Artur
Zanella: V.
Exa. me permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sempre pensamos que a
questão das creches são longínquas, pois o Sr. Mário foi avisado, hoje, que não
tem mais creche para os seus dois filhos, pois ela fechou.
O Ver. José Valdir solicita uma Questão de Ordem provavelmente
para dizer por que ele não ajudou esta creche.
O SR. JOSE
VALDIR (Questão de Ordem): Esta Câmara discutiu o problema das creches, por convocação minha, o
Ver Artur Zanella votou contra a vinda da presidente do Conselho Municipal para
esclarecer esse assunto.
Pergunto onde está esse assunto na Pauta?
O SR.
PRESTDENTE:
Não está em Pauta.
O SR. JOÃO
DIB: O Ver.
José Valdir, inteligente como sempre, tentou colocar ordem na questão e tomar
tempo.
O Projeto seguinte é do Ver.
Antonio Hohlfeldt que estabelece um adicional de 10% sobre o valor da avaliação
dos próprios municipais ocupados por lindeiros, no caso de alienação com
dispensa de processo licitatório e dá outras providências.
Ora, Sr. Presidente, colocar
10% de adicionais não tem sentido. O que precisaria é estabelecer um critério
rigoroso e sério, não só para os “amigos do rei” como no caso das creches, em
que alguns recebem e outros não recebem, mas também no caso da avaliação dos
terrenos. Recentemente, baixei em diligência um Processo que falava em valor
por metro quadrado, queria saber como estabelecer e disseram-me que estava na
pág. 52. Sou um leitor atento e assíduo das coisas que o Executivo faz e sou tão atento e tão assíduo que ouvi o
Executivo fazer uma avaliação a vinte e quatro reais o metro quadrado na Av.
Sertório, quando o terreno que não tinha frente para a Av. Sertório passou a
ter frente para a Sertório. Esse devia ser “amigo do rei” porque o outro que
não era “amigo do rei” era do meu Partido, um terreno sem uma valorização,
estava avaliado a duzentos e setenta e cinco reais o metro quadrado. Uma
diferença um pouco gritante. Por isso eu digo, quando é “amigo do rei” recebe
dinheiro para creche, quando não é
“amigo do rei” recebe um preço mais alto na avaliação, pois nos respondem
que devemos ler a pág. 52. Vou ler todas as págs. 52 e as 520 também, mas esses
10% propostos não tem sentido, não vão alterar em nada, se não houver
seriedade. De 24 a 275 há vários preços. Os 275 por metro quadrado não
valorizam a área em nada. Agora, imaginem um terreno que não tinha frente para
a Av. Sertório, compra por 720 reais 30 o m² e fica com frente para a Av.
Sertório. Ai, reclamando este Vereador, passou para 80 reais o metro quadrado,
mas está longe dos 275 do “inimigo do rei”. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Edi Morelli está com a palavra, para discutir.
O SR. EDI
MORELLI:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, ouvia o Ver. Artur Zanella, através do som,
no meu gabinete, quando se manifestava sobre o Plano Diretor e as contratações.
Já falamos desta tribuna, Ver. Pedro Américo Leal, que achamos que temos que
tomar uma decisão e contratar técnicos para podermos discutir o Plano Diretor
de Porto Alegre. Não importa se estaremos aqui na próxima legislatura ou não. O
que importa é que temos que fazer a coisa certa pela Cidade. Não acredito nessa
história de que vão falar que estamos contratando. Aliás, essa contratação
deveria ser permanente, e, em cada gabinete ter um assessor para podermos
discutir e votar, com tranqüilidade o Plano Diretor. Eu também comungo da mesma
opinião de que nós deveríamos ter um assessor permanente para discutir o Plano
Diretor. Nós temos um Plano Diretor que não funciona, essa é a realidade.
Repito - apesar do seu aparte anti-regimental, Ver. Clovis Ilgenfritz - , nós
temos um Plano Diretor que não funciona; nós temos uma série de coisas dentro
do Plano Diretor que não são fiscalizadas. Agora, eu não entendo o porquê do
medo de alguns Vereadores de que a opinião pública vá dizer que estamos
contratando em vésperas de eleição. Nós estamos contratando é para o Plano
Diretor. Esses técnicos que vão ser contratados vão ficar aqui dentro
trabalhando em cima do Plano Diretor, não vão sair para a rua para fazer a
campanha de alguém.
Então, Ver. Zanella, eu queria apenas fazer essa colocação e dizer que comungo da mesma opinião de V. Exa. Eu não tenho uma tranqüilidade absoluta de votar o Plano Diretor nas condições em que está. Em primeiro lugar, por causa do atropelo; em segundo lugar, sem técnicos para esmiuçar o Plano Diretor e me dizer: Ver. Morelli, assim está certo e assim está errado, para que eu possa vir a esta tribuna e discutir. Agora, repito: não entendo por que o medo de alguns Vereadores da Casa na contratação de técnicos especializados para discutir o Plano Diretor. Eu me assessoro, às vezes, do Ver. Clovis Ilgenfritz, mas infelizmente, vou perder essa assessoria por alguns dias, porque ele vai viajar para a Espanha.
O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nós estamos mandando o Ver. Clovis Ilgenfritz para que ele volte de lá cada vez mais aperfeiçoado, porque ele é um Arquiteto.
Mas, voltando ao que V. Exa.
está abordando, eu até fico surpreendido. Nesta Casa, por exemplo no dia de
ontem, eu estive pela manhã, em uma Comissão; de tarde, em outra Comissão e
terminou o dia, não pude fazer mais nada. Quer dizer, é necessário que nós
tenhamos técnicos, aqui na Câmara Municipal para trabalhar em comum acordo com
os Vereadores.
O SR. EDI
MORELLI: É
por isso que eu defendo a contratação imediata de técnicos especializados.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. José Valdir está com a palavra para discutir
a Pauta.
O SR. JOSÉ
VALDIR: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. A gente vê de tudo nesta Casa. Quando a gente
pensa que viu a última, a gente se engana. O Ver. Artur Zanella, que misturou
na sua intervenção desinformação, esperteza e competência, conseguiu falar de
creche, que não está na Pauta, incluir isso no Plano Diretor, referir-se ao
cancelamento de convênios por parte do Governo do Estado e culpar o Município.
Ele conseguiu essa façanha. Vereador competente o Ver. Artur Zanella.
Competentíssimo, esperto e desinformado, porque se o Vereador fosse minimamente
informado e acompanhasse os trabalhos desta Casa saberia que eu fiquei um mês
nesta Casa tentando aprovar um Requerimento para trazer a Presidente do
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para falar
exatamente do cancelamento dos convênios com as creches comunitárias por parte
da FEBEM e do cancelamento também dos convênios extraclasses. O Vereador votou
contra.
O SR. EDI
MORELLI (Questão de Ordem) : Solicito uma orientação de V. Exa. o orador está
discutindo Pauta ou está em Explicação Pessoal?
O SR.
PRESIDENTE : O
Vereador José Valdir está discutindo a Pauta, mas como o Ver. Artur Zanella foi
o primeiro a falar e falou sobre creche, acho justo que o Ver. José Valdir
tenha usado esse tempo para falar de creche. Por isso solicito ao Ver. José
Valdir para que entre na Pauta agora.
O SR. JOSÉ
VALDIR: O
ponto que estou discutindo é o do Plano Diretor e a questão das creches
comunitárias que o Ver. Artur Zanella, com a sua competência, introduziu no
Plano Diretor. Estou tentando discutir essa novidade e quero dizer que o Ver.
Artur Zanella é desinformado. Quem escolhe, Ver. Artur Zanella, as entidades
não-governamentais para receber verba do Projeto Creches é o Conselho Municipal
dos Direito das Crianças e dos Adolescentes e não a Prefeitura. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador. )
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, para discutir.
O SR.
REGINAIDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nesta nossa sexta-feira,
encontra-se em terceira Sessão de Pauta o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 7, de autoria do Governo do Município, que altera a Lei
Complementar nº 43/79 e dá outras providências. Esse Projeto, como todos
sabem, é o inicio da discussão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da
Cidade. Pretende-se que, a partir dessa Lei, se transforme em Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Rural do Município.
O Projeto, Sr. Presidente, que sabidamente envolve apenas e tão
somente parte da proposta que o Município tem no sentido da renovação do Plano
Diretor, mesmo assim constitui-se de dezessete páginas, com vários artigos
subdivididos em vários itens, que se situam fundamentalmente em matérias
específicas, como é o caso do art. 49 que se refere às áreas especiais de
interesse social, definindo aquelas que são destinadas à produção e manutenção
de habitação de interesse social, com destinação específica, normas próprias de
uso e ocupação do solo, compreendendo as seguintes situações, aí define como
sendo área especial de interesse social I : “assentamentos auto-produzidos por
população de baixa renda em áreas públicas ou privadas, aplicando-se as Leis
Complementares nº 242, de 10/0l/91, e nº 251, de 26/07/91, que dispõem sobre a
concessão do Direito Real de Uso nos termos da LOM, art. lº, no Ato das
Disposições Gerais e Transitórias, quando se tratar de bens públicos
municipais”. Área especial de interesse social II: “loteamentos públicos ou
privados irregulares ou clandestinos que atendam às condições de habitabilidade,
nos termos do § 2º”. Área especial de interesse social III: “imóveis não
edificados, subutilizados, na Área Urbana de Ocupação Intensiva, que venham a
ser destinados à implantação de HIS, com interveniência do Poder Público”.
Vejam que peguei o art.49 e li apenas o “caput”, não entrei nem nos parágrafos. Observo, por exemplo, que depois passa a ter a redação do § 3º, o que me leva a crer que a redação do § 1º e § 2º sejam originárias, que se querem ver mantidas. Vejam que num breve comentário pego uma matéria lá no meio, ao acaso, desta extensa Lei e já vimos uma série de situações que merecerão de nós uma atenção muito profunda.
É aquela situação que eu já lamentei aqui da tribuna que tenha
tardado tanto a chegar a esta Casa este Projeto de Lei, e que agora tenhamos
que nos debruçar sobre ele com toda a responsabilidade em todas as circunstâncias.
Eu estou mantendo a posição externada anteriormente de que entendo que esta
matéria além de ser amplamente analisada, não tem condições, Ver. Mário Fraga,
de ser votada antes das eleições, pois existe uma série de armadilhas, de
interesses legítimos e não-legítimos que, certamente, nos coloca numa posição
inadequada no que diz respeito à discussão deste Projeto. Nós vamos mudar uma
lei de 79, de dezessete anos atrás, ele pode esperar noventa dias para que nos
possamos fazer uma análise mais adequada. Era isso, Sr. Presidente. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Guilherme Barbosa solicita Licença para Tratar de Interesses
Particulares no dia de hoje.
(Obs.: Foi aprovado Requerimento de Licença do Ver. Guilherme Barbosa e empossado o Suplente, conforme consta da Ata.)
Havendo quórum, passamos à
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito uma inversão na ordem de votação dos Projetos
da Ordem do Dia para que, em primeiro lugar, sejam votados os Projetos de fl.
12, 13, l4, l5, l6, 19, 20, 2l, 23 e 24 (PLL n° 162/95, PLL n° 30/96, PLE n°
11/96, PLL n° 42/96, PLE n° 17/96, PLL n° 51/96, PLE nº 22/96, PLE n° 24/96, PR
n° 09/96 e PR n° 18/96) e depois seguimos a ordem normal dos Projetos.
O SR. ARTUR
ZANELLA: Eu
adendaria ao Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja; nós temos que tomar uma
decisão a respeito da questão do Plano Diretor, do Projeto de Resolução que
cria cargos de Assessor-Técnico no quadro, para tratar do Plano Diretor. Acho
que nós temo que votar isso em primeiro lugar ou não votar. Temos que decidir
isso logo, porque o mês de julho é o mês em que nós podemos trabalhar em cima
disso, enquanto que rua pode ficar para depois. É o PR n° 18/96.
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. Zanella, V. Exa. formulou um Requerimento?
O SR. ARTUR
ZANELLA:
Sim, que ele seja votado em primeiro lugar.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA:
Só procurei, Sr. Presidente, colocar em primeiro lugar os nomes de ruas,
títulos, que são processos que devem passar de consenso, logo a seguir, a
criação de alguns cargos da área de enfermagem que o Executivo quer, e a
criação dos cargos da Mesa.
O SR. HENRIQUE
FONTANA: Eu
gostaria de adendar o Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja, para que
pudéssemos pactuar com um Requerimento de entendimento entre as Bancadas, que
após o Projeto de página 16 fossem incluídos os de fls. l7 e l8 – PLE nº 18/96
e PLE nº 19/26, depois, seguíssemos na mesma ordem proposta pelo Ver. Jocelin
Azambuja. Então, a proposta completa ficaria assim: folhas 12, 13, 14, 15, 16,
17, 18, 19, 20, 21, 23 e 24.
O SR.
PRESIDENTE:
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 10h23min.)
O SR.
PRESIDENTE (às l0h29min): Estão reabertos os trabalhos.
Em votação Requerimento do
Ver. Jocelin Azambuja com o adendo do Ver. Henrique Fontana.
Informamos que a proposta do
Ver. Jocelin Azambuja, presidente da Comissão de Cultura, Educação e Esportes,
que hoje realiza um importante evento nesta Casa "Não às drogas; sim à
vida", é com o adendo do Ver. Henrique Fontana.
Vota-se a Ordem do Dia nos
seguintes termos: Projetos de folhas 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23
e 24 e, após, a ordem normal.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, concordo com algumas alterações; elas são
necessárias. Eu já havia colocado, aqui, páginas 12, 13, 15, 20, 21 e 25. Sobre
os processos das páginas 12, 13, 15, 20, e 21 não haverá discussão. Não entendo
por que a página 25, cujo processo contém o parecer da Comissão de Justiça à
Questão de Ordem deste Vereador, e que tem extrema importância no meu entender,
não seja, também, colocada entre os projetos a serem discutidos de imediato.
Volto a dizer que os processos das páginas 12, 13, 15, 20, 21 e 25, esse último
com o parecer da Comissão de Justiça, devem ser colocados nessa ordem, pois só
haverá discussão sobre o da página 25. Proponho, então, a ordem: 12, 13, 15,
20, 21, e 25.
O SR.
PRESIDENTE:
V. Exa. está encaminhando Requerimento Ver. João Dib. Vamos colocar em votação
o Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja com adendo do Ver. Henrique Fontana.
Logo após, V. Exa. pode formular um novo Requerimento de eventuais adequações.
Em votação o Requerimento do
Ver. Jocelin Azambuja com adendo do Ver. Henrique Fontana. Os Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
o Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja com adendo do Ver. Henrique Fontana com
votos contrários dos Vereadores Dilamar Machado e João Dib.
PROC. 2665/95 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 162/95,de autoria do Ver. Décio Schauren, que denomina Rua
Antônio Peixoto Filho um logradouro irregular, localizado na Vila Agrovet, no
Bairro Agronomia.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver.
Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver.
Mário Fraga: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul
Carrion: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão. Com a palavra para discutir, o Ver. Dilamar Machado.
O SR. DILAMAR
MACHADO:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores. A questão de denominação de nomes de ruas em
Porto Alegre já foi denunciada por alguns Vereadores desta tribuna, ela está
ficando muito propriedade de alguns Vereadores da Casa.
Na realidade as dificuldades que estou encontrando para a denominação de um nome de rua, que apresentei este ano um apenas, são muito grandes. A partir do parecer do autor deste Projeto, Ver. Décio Schauren, sustou-se a tramitação de um Projeto de minha autoria, porque havia, no encaminhamento da matéria, a declaração da Associação de Moradores de determinada vila que estava de acordo com a denominação proposta para uma rua que não tem nome. Trata-se da figura do Dr. Serafim Machado, autor de uma das mais belas obras jurídicas deste Estado “Porque acredito em lobisomem” que trata da grilagem de terras neste País, neste Estado
Nada tenho contra, Ver.
Décio Schauren, me alio à homenagem a Antônio Peixoto, líder comunitário da
Agrovet, mas V. Exa. que é tão zeloso neste aspecto nós traz um abaixo-assinado
que diz: “Nós, abaixo-assinados, moradores da Vila Agrovet, Agronomia,
solicitamos seja aprovada lei para que a rua conhecida como Antônio Peixoto
Filho passe a ter oficialmente a sua denominação.”
Nós Temos aqui assinaturas
de moradores dessa rua, do nº 69, cinco assinaturas de moradores do nº 70, e
quatro de moradores do nº 103. Casualmente tem um que assina duas vezes, do nº
103, não sei o que Moraes. Aliás, assinatura de bacharel, é bonita a letra.
Então, gostaria de dizer a V. Exa. que nada tenho contra o Sr. Peixoto, nem
contra a homenagem, mas V. Exa. deu um parecer contrário a um Projeto de minha
autoria por entender que a associação de moradores não tinha a devida
autorização para falar em nome da comunidade. Eu, obedecendo ao critério de V.
Exa., até por uma questão de educação política, solicitei a minha assessoria
que retornasse ao local e como Presidente da Associação fosse de casa em casa
colhendo assinaturas. Eu lhe pergunto: essa rua só tem três casas? Que
moradores são esses que moram cinco na mesma casa? Até pode, mas só tem isso,
Vereador? É uma rua tão pequena. Eu não conheço. É pequena? É um beco? Eu
apenas quero dizer que vou votar a favor, mas gostaria que V. Exa., ao examinar
os processos de seus colegas, usasse o mesmo critério. Evidente não podemos
impor a uma comunidade um nome de rua quando essa comunidade sequer conhece o
homenageado. Eu apelo a V. Exa. que ao examinar , não os meus Projetos, mas de
outros Vereadores, leve em conta a
Associação de Moradores.
Aqui temos a Associação de
Moradores da Vila Cosme e Galvão, porque caso contrário é a mesma coisa que
dizer que o Presidente da Associação aqui presente não representa os interesses
daquela comunidade. É evidente que ele representa, tanto que ele está aqui
permanentemente. Esta é uma matéria que deveria estar em exame hoje na Ordem do
Dia, até porque é a última Sessão, depois temos o recesso e estaremos a dois
meses da eleição, cada um de nós com a própria luta de sobrevivência política.
Por isso discuto, Vereador, com a intenção de votar a favor apenas, chamo a
atenção que esse critério precisa ser revisto. Temos que terá participação de
toda a rua, porque se 20 Vereadores ou três, quatro casas dizem que sim e as
outras não são consultadas, pode restar a dúvida: isso é democrático?
É o meu ponto de vista
definitivo: se a Associação de Moradores, por seu presidente, eleito pela
comunidade, diz sim, ela está falando em nome dela. Ou então, que se destitua
a Associação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
A palavra com o Ver. Décio Schauren para
discutir.
O SR. DÉCIO
SCHAÜREN:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quem conhece a Vila Agrovet e sabe que, em
primeiro lugar, é uma Vila pequena, se localiza em terras da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, este ano os moradores, depois de uma longa luta,
obtiveram a autorização da Universidade e do Governo Federal para que a
Prefeitura pudesse entrar nessa Vila consolidada, que tem moradores que estão
lá desde 1911, para fazer obras, recolher o lixo, colocar iluminação pública.
Na verdade, Ver. Dilamar Machado, essa Rua Antônio Peixoto Filho é uma rua
pequena e os moradores apenas pedem que este nome, pelo qual já era conhecida,
se torne um nome oficial. V. Exa. disse aqui desta Tribuna que existem
moradores de apenas três casas. A rua é pequena e existem várias casas no
mesmo terreno, terrenos com um número e com três ou quatro casas diferente do seu Projeto.
Eu não desaprovei o Parecer
sobre o Projeto, mas simplesmente pedi que, de acordo com a Lei que aprovamos
na Casa, se recolhessem as assinaturas, porque só veio assinado pela
Associação. Acho que é justo que os moradores sejam consultados, uma vez que a
Lei pede. No caso da Agrovet não é só a Associação que fez uma assembléia -
geral, onde os moradores definiram os nomes das várias ruas da Vila, mas além
disso foi feito um abaixo-assinado nas ruas. Então, esse Processo é diferente
sim do seu Projeto.
Nada contra esses nomes, evidentemente
que não, mas é justo que os moradores sejam consultados. Muitas vezes, em casos
específicos a Associação pode não representar a opinião, apesar de a diretoria
ter sido eleita pelos moradores da vila. Muito Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Não há mais oradores inscritos para discutir. Encerramos a discussão. Em
votação o PLL n° l62/95. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 0679/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/96, de autoria do Ver. João Motta, que denomina Rua Mário
Quintana um logradouro irregular, localiza do na Vila Nossa Senhora Aparecida,
no Bairro Sarandi.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver.
Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver.
Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver.
Décio Schauren pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL
nº 30/96 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 0717/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 011/96, que altera o artigo 5º da Lei nº 6665, de 01 de agosto de 1990, que
dispõe sobre o regime de adiantamento de numerário a funcionários do Município
e suas Autarquias.
O SR.
PRESIDENTE:
Apregoamos a Emenda nº 01 ao PLE nº 011/96, firmada pelo Ver. Henrique Fontana.
Em discussão o PLE n º 011/96.
O SR.REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
estamos discutindo essa matéria que entra em votação por força do Art. nº 81 do
Regimento da Casa. Essa matéria veio para o Legislativo Municipal, em 12 de
março de 1996, tendo sido analisada pela Procuradoria, que nada opunha ao seu
funcionamento sob o aspecto jurídico. Posteriormente, essa matéria foi para a
Comissão de Constituição e Justiça, onde o Ver. Wilton Araújo inquiriu, num
pedido de esclarecimento, qual o valor do adiantamento referido no art.1º da
Lei 6665, de 1º de agosto de 1990, quais os critérios para a escolha do
servidor que recebe adiantamento, e apenas o servidor do quadro recebe o
referido valor ou não; informar o número de servidores que receberam adiantamento
no mês de abril, por Secretaria ou Autarquia, com valor total adiantado e o
valor informado na prestação de contas. A Presidência da Casa, em 16 de maio,
encaminhou ao Presidente Municipal essa solicitação que mereceu resposta em 31
de maio de 96, em que é anexada uma manifestação da Secretaria da Fazenda com
as informações que haviam sido solicitadas pelo Ver. Wilton Araújo. Por isso,
Sr. Presidente, fico numa dúvida de que o art. 81 pudesse ser aplicado com
relação a essa matéria, porque a sua objetiva tramitação a meu juízo só ocorreu
a partir da juntada dos esclarecimentos que foram protocoladas, aqui, na Casa,
em junho do corrente ano, já que o ofício com data de 31 de maio de 96, chegou
à Casa em 5 de junho de 96, às 18 h. Por conseguinte, a complementação objetiva
desse Projeto se deu a menos de 30 dias. Então a aplicação do art. 81 -
Urgência Automática - coloco em dúvida nesse particular. Estranhei que um
Projeto dessa ordem viesse a votação sem nenhum tipo de parecer.
Há pouco votei um Projeto do
Ver. Décio Schauren que ao Ver. Dilamar Machado ofereceu algumas resistências,
declarei que votava favorável, porque o Projeto analisado na Comissão de
Justiça, tinha recebido Parecer do Ver. Wilton Araújo e havia acompanhado o seu
parecer favorável. Então, esses aspectos de legalidade têm que ser saneados na
comissão de Justiça. Agora, temos um Projeto que a rigor não está tramitando há
30 dias na Casa, tem agora a sua
tramitação interrompida, e tem, neste exato momento, protocolada uma Emenda de
Liderança, que no meu entendimento, também suspende a tramitação do Projeto e
retira o mesmo da discussão e remete-o à análise das Comissões.
O Sr. Henrique
Fontana: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu protocolei
esta Emenda a pedido de algumas Lideranças de oposição que alertaram para que
se ficasse a redação do Projeto o Executivo poderia regulamentar em 180 ou 365
dias, o que constituía uma liberalidade excessiva. Então nós limitamos a
possibilidade de ampliação dos prazos de prestação de contas a no máximo 90
dias, o que só qualifica o Projeto e torna mais tranqüila a sua análise. E
quanto ao pedido do art. 81,esse tipo de prestação de contas, Vereador, com
essa rapidez de 30 dias, tem causado diversos transtornos burocráticos porque
demanda muito serviço burocrático para prestar contas à cada 30 dias e a cada 90 dias nós ficaremos com uma
situação mais equilibrada.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Perfeito, sou grato a V. Exa. Mas, de qualquer sorte, Sr. Presidente,
eu quero que V. Exa. nos honre com a atenção, como condutor dos trabalhos,
ainda que não tenhamos logrado êxito nesse propósito, Deus, provavelmente, vai
atentar para o que eu estou dizendo, a circunstância de nós termos, primeiro o
deselemento do art. 81 numa matéria que só se complementou em 5 de junho e
que, a meu juízo, não implementa as condições para ser colocada sob o
guarda-chuva do art. 81 e o outro, nós teremos uma Emenda de Liderança ...
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. Reginaldo Pujol, eu pergunto se V. Exa. deseja mais cinco minutos, este
Vereador se inscreve e cede a V. Ex.a. o seu tempo.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu agradeço, Sr. Presidente, pois já vou concluir.
Hoje, nós temos uma Emenda
de Liderança num Projeto que não tem nem um parecer, pelas razões já apontadas.
Eu solicito à Mesa que examine as circunstâncias de que este Projeto seja
retirado da Ordem do Dia para poder, no mínimo, ser oferecido um exame da
Emenda que hoje é foi apresentada pelo ilustre Líder do PT e que não tem pedido
de dispensa de exames das Comissões.
O Sr. João
Dib: V.
Exa. permite um aparte?
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. Reginaldo Pujol, este Vereador se inscreve e cede o seu tempo a V. Exa.
O SR.
REGINAI.DO PUJOL: Sou grato a V. Exa. e cedo o aparte ao Ver. João Dib, porque só pode trazer luz a este pobre
pronunciamento.
O Sr. João
Dib: Nobre
Ver. Reginaldo Pujol, o pronunciamento de V. Exa. como sempre è criterioso,
correto, mas há um pequeno equivoco no final, a Emenda apresentada o Projeto de
Lei não precisa parecer das Comissões já que o Projeto é votado sem parecer.
Mas acho, Ver. Reginaldo Pujol, que a Emenda aprimora o Projeto porque dava
liberdade ao Prefeito de estabelecer qualquer outro prazo e 30 dias, realmente,
é muito pouco; agora, 90 dias dá para fazer toda a aplicação dos recursos
adiantados e a comprovação dessa mesma aplicação. Eu acho absolutamente correta
a Emenda e o próprio Projeto.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu agradeço o aparte de V. Exa. e firmo a posição que eu tinha
colocado antes. Esse Projeto veio à votação sem nenhum exame de Comissão.
Quando a Comissão estava examinando, solicitou-se diligência. Essa só foi
atendida no dia 5 de junho, às 18h, conforme aqui esta colocado. Já no dia, era
requerida a urgência automática, a urgência ao artigo 81. Com isso, o Projeto
veio a votação, está sendo discutido sem nenhum exame técnico. Eu pessoalmente,
quero dizer tranqüilamente que não li o Projeto, não podia ter lido. Ele teria
que ser lido por mim no momento em que eu fosse votar o Parecer na Comissão de
Justiça que não foi prolatado pelas razões que já coloquei e, nessas
condições, Sr. Presidente, se tiver que votar o Projeto, hoje mesmo com a
Emenda que me afirma o Ver. João Dib, que enriquece, eu não tenho condições de
votar a favor de uma matéria com a qual, a rigor, estou tomando contato hoje
pela primeira vez. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. LUIZ
BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu, inclusive, já chamei a atenção do autor da
Emenda. A Emenda, na forma como ela está apresentada, representa um
Substitutivo. Ela está apresentada como um segundo Projeto e como um
Substitutivo. Então, esta forma que está aqui, na verdade, deveria correr Pauta
novamente como Emenda Substitutiva e não apenas como Emenda. Eu sou favorável
ao Projeto e voto pela Emenda. Só que, na forma como está apresentada, está
apresentada como Substitutivo. Essa é a minha observação.
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. Luiz Braz, esta Mesa, apenas com a assessoria da Diretoria Legislativa,
observa que o caput permanece o mesmo e apenas acrescenta-se o Parágrafo Único.
O SR. LUIZ
BRAZ (Questão de Ordem): O projeto tem como único objetivo mudar prazos. Se entra uma Emenda
alterando este prazo, está mexendo na essência da lei. Eu vou votar favorável
só que está mexendo na essência da lei.
O SR. WILTON
ARAÚJO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, tenho acompanhado este Projeto desde o início da
sua tramitação na Casa em Março de 96. Ele visa a eliminar o prazo de 30 dias
que tem, hoje, aqueles que tomam dinheiro como adiantamento ao Executivo,
funcionários, portanto, para prestar contas. Argumenta o Prefeito Municipal
que tem causado, o prazo de 30 dias, muitos transtornos burocráticos e
administrativos. Em princípio, estranho porque são pequenos adiantamentos de
pequenos valores para pequenas e singelas tarefas de execução simples para
funcionários também simples, como comprar coisas pequenas. Por isso, solicitei
esta diligência que, por sinal, demorou um pouco, saiu daqui em 16 de maio,
voltando, agora, só em junho. Nesta minha diligência, eu estranho algumas
respostas por parte do Executivo onde identifiquei um descumprimento da
legislação vigente porque a Ordem de Serviço nº 10 do Prefeito quis que:
"No máximo, 5 servidores por Secretaria, Procuradoria-Geral,
departamentos, fundações, autarquias e empresas municipais podem ter o direito,
o dever, o ônus de tirar o adiantamento e, conseqüentemente, prestar contas
desse dinheiro.
Identifico na própria
relação do Executivo que, por exemplo, o Departamento Municipal de Água e
Esgoto tem vinte e cinco servidores fazendo isso quando a ordem de serviço
limita em cinco, no máximo; que Fundação de Educação Social e Comunitária tem
doze servidores fazendo isso quando a Ordem de Serviço nº 10, do Sr. Prefeito,
limita em cinco; a Secretaria Municipal de Educação tem dezessete fazendo essa
tarefa quando a ordem de serviço limita em cinco. Há um descumprimento frontal
e reconhecido pelo Prefeito que manda, através do Cezar Alvarez, que foi
Prefeito Substituto nomeado e assinado pelo Coordenador-Geral da Secretaria
Municipal da Fazenda Jarbas Antônio Ferreira.
Eu me preocupo com a
liberalidade que se possa dar a esse tipo de adiantamento. Se é para pequenas e
singelas tarefas, por que se flexibilizar aumentando o prazo para prestação de
contas? Se a Ordem de Serviço do Sr. Prefeito limitava por Secretaria em cinco
aqueles que deveriam fazer esse tipo de adiantamento declarado e assinado em
vários departamentos, secretarias e fundação, porque mais de cinco o fazem? Se
o freio tanto da lei que diz “em trinta” quanto da Ordem de Serviço que diz
"em cinco" não estava sendo cumprida à risca, a liberalização também
pode ser um risco na medida em que vai aumentar o prazo na pretendida Emenda do
Ver. Henrique Fontana para noventa dias. Gostaria de saber se a Bancada
Governista tem conhecimento desse descumprimento de fato do documentado na
Ordem de Serviço do Sr. Prefeito sobre o assunto.
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. Wilton Araújo, o Ver. Mário Fraga inscreve-se e, com a concordância do
Ver. Luiz Braz, cede seu tempo a V.
Exa.
O SR. WILTON
ARAÚJO:
Agradeço ao Ver. Mário Fraga e ao Ver. Luiz Braz que me permitem continuar na
tribuna por mais um período, porque me parece importante a discussão deste
assunto. Hão de dizer: "São pequenos valores; pouca coisa". Mas, no
somar de todos os pequenos valores, temos quantias significativas. Só no Departamento
Municipal de Água e Esgoto são R$ 5.000,00; na Fundação são R$ 2.600,00; na
Secretaria da Educação são quase R$ 4.000,00 e assim por diante.
Então, gostaria de saber e chamo ao debate - se é que assim
poderia dizer com a aquiescência do próprio - o Ver. Henrique Fontana. V. Exa.
certamente leu e se aprofundou no estudo desse Processo. Não sei se notou que o
Executivo teve descumprida uma Ordem de Serviço por parte de três das que aqui
estão inscritas. Não vejo a intenção do debate, mas diria, Ver. João Dib, que
essa flexibilização pode trazer reflexos inusitados. Sei que a Lei é bastante
antiga - essa legislação é de 1990 - e, nesses seis anos, parece-me que não
houve tantos transtornos assim. Não lembro, na época em que fui Secretário, que
isso tenha trazido transtornos burocrático-administrativos de grande monta. Às
vezes alguma dificuldade para funcionário em licença que pudesse justificar a
não-apresentação da documentação necessária para a comprovação do gasto no
prazo de 30 dias.
O Sr. João
Dib: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Wilton Araújo, V.
Exa., como eu, muitas vezes deve ter utilizado essa forma de adiantamento para
que pequenas compras fossem efetuadas para o atendimento de pequenos problemas
em determinadas situações.
Hoje, o Executivo está
propondo fazer um decreto regulamentando e não fazendo em 30 dias e talvez aí
esteja a razão de alguns adiantamentos descumprindo lei, porque em 30 dias não
é uma das coisas mais fáceis de se fazer a prestação de contas e a utilização
dos recursos prestados. Acho que agora é a oportunidade que temos, e estou
propondo em uma Emenda, que em vez de 90 dias, seja em até 120 dias, e estou me
referindo ao caput do art. 5º para que num decreto o Executivo possa aprimorar,
e nós possamos fiscalizar com muito mais competência. Acho que a proposição é
correta, boa e não há por que discutirmos por mais tempo a matéria. Cumprimento
V. Exa. pela preocupação e pela leitura dos números que aí estão, e também,
pela diligência.
O SR. WILTON
ARAÚJO:
Agradeço a V. Exa., mas me preocupa a liberalidade . Também sei, e sou
favorável ao Projeto, que a evolução da legislação pode passar por um período
de experimentação e acho que isso poderia ser utilizado neste caso. Ou seja, o
Executivo realizar um decreto de tal forma que pudesse condicionar e trazer
melhores regras para os adiantamentos, e aí sim, se isso não funcionar ou
funcionar de forma equivocada, o legislador teria a obrigação de dar normas
mais rígidas na lei.
Concordo; nesse enfoque que
V. Exa. dá, Ver. João Dib, penso que poderia ser num período onde a experiência
que o Executivo irá fazer possa trazer uma melhor legislação futura, nesse
sentido sim. Mas concordo também com o Ver. Luiz Braz quando diz que a Emenda
do Ver. Henrique Fontana se caracterizaria como sendo um substitutivo, e,
portanto, deveria correr pautas em separado. Nesse sentido fica a preocupação,
e lamento que o Ver. Henrique Fontana, embora tenha sido chamado para o debate,
não tenha participado, talvez não tenha percebido, mas sei que diligente como
é, são ele, o Embaixador na Casa, vai saber o porquê dessas dificuldades de
cumprimento da Ordem de Serviço do Sr. Prefeito Municipal. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa apregoa a Emenda nº 2, do Ver. João Dib, que acrescenta parágrafo único
ao artigo 5º do PLE nº 11/96. Encerrada a discussão. Em votação o PLE nº 11/96.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa vai colocar em votação a Emenda nº 2, tendo em vista que a Emenda nº 1 foi retirada.
Em votação a Emenda nº 2. Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, quero declarar que o meu voto favorável foi em
homenagem aos Vereadores João Dib e Henrique Fontana que negociaram uma
alternativa que me impôs a confiabilidade dos mesmos.
O SR.
PRESIDENTE:
Está registrado, Vereador.
PROC. 0871/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 042/96, de autoria do Ver. Henrique Fontana, que denomina
Rua Júlio Stregue um logradouro irregular, localizado na Vila Esperança, Bairro
Sarandi.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver.
Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB .
Relator Ver. Pedro Ruas : pela aprovação do Projeto.
Observações: - incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE: Em
discussão. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, para discutir.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. A Vila Esperança, aqui identificada como no Bairro Sarandi, me parece que seja a Vila Esperança Cordeiro, localizada na Baltazar de Oliveira Garcia, próximo ao Arroio Passo das Pedras, quase que limítrofe com o Centro Vida, que funciona nas dependências da antiga Cerâmica Cordeiro.
O Sr. Artur
Zanella: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu até queria elogiar o Ver.
Henrique Fontana, porque ele homenageia um líder e também a luta das pessoas
naquela área, que iam ser despejadas. Durante anos, o DEMHAB, o Ver. Pujol, o
Ver. Zanella, o Ver. Dilamar Machado, o Prefeito João Dib conseguiram levantar
aquela comunidade. E o Ver. Henrique Fontana contribui agora; dá o nome de uma
rua para um dos líderes, o que eu acho interessante. Nunca vi o Ver. Henrique
Fontana, à época, na Vila, mas antes tarde do que nunca. Meus cumprimentos ao
Ver. Henrique Fontana e ao Ver. Reginaldo
Pujol, que tão brilhantemente defendem esta indicação.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Agradeço o aparte a V. Exa., especialmente, porque V. Exa. sabe que,
em particular, ainda que por vias tortas, se faz justiça ao Júlio Streb, tio do
nosso querido Ildo Streb Policarpo, que, nos primórdios da ocupação da Vila
Esperança Cordeiro, impediu que fosse invadida por um número de pessoas tão
grande que não haveria condições de regularização, mesmo após o processo
judicial que os moradores tiveram que responder para se manterem na posse.
O Sr. Milton
Zuanazzi:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para informar que
parte da Vila Esperança não está com a sua posse garantida; é parte daquela
área do IPE. No final do governo Collares, a comunidade conquistou a
negociação, o governo Britto fechou a COHAB, eles estão em suspenso.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Aparte utilíssimo do Ver. Milton Zuanazzi porque poderemos estar
fazendo uma meia homenagem, de repente estar denominando uma rua que amanhã ou
depois os moradores tenham que ser compelidos a desocupar, o que deixaria e
Júlio Streb altamente triste lá onde ele deve se encontrar no dia de hoje.
Sabemos de toda a sua luta. Por esta razão o Ver. Artur Zanella habilmente o
cooptou para formar equipe.
Era no sentido de que a
aquelas pessoas, muitas das quais oriundas do Estado e que ali foram se
colocando pudessem um dia ter regularizada sua situação. Ainda não conseguiram
esse objetivo, mas pelo menos estão vendo hoje ser homenageada aquela pessoa
que por elas tanto lutou e que certamente merece esta homenagem que foi
patrocinada pelo Ver. Henrique Fontana, que hoje está se especializando em
patrocinar homenagem em conjunto com o Ver. João Dib.
A primeira foi no sentido de
regularizar uma situação que foi detectada pela experiência do Ver. João Dib e
agora consagra esta homenagem a esta pessoa, Ver. João Dib, que serviu à sua
administração por que era uma formiguinha nossa colocada lá na Vila Esperança,
lá na Vila Cordeiro e que contribuiu para que as coisas chegassem ao estágio de
hoje, Ver. Milton Zuanazzi, que se não é o melhor, é muito melhor do que antes,
quando todos, independente de estarem na área do IPE ou na área de
particulares, estavam sob ameaça de um despejo que só não se realizou porque o
DEMHAB foi muito efetivo naquela ocasião, demonstrando que só não havia
desapropriado aquela área antes por falta de recursos, porque era de interesse
social e perfeitamente adequado e justificado que o órgão de habitação do
Município olhasse por aqueles moradores e tomasse alguma providência.
Concluindo, Sr. Presidente,
trago o meu aplauso a iniciativa do Ver. Henrique Fontana e a minha
solidariedade, do Ver. Zanella, do Ver. João Dib, do Ver. Dilamar Machado,
enfim, daqueles que viveram o DEMHAB no passado porque se trata de uma justa
homenagem que se faz a este líder comunitário. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa uma Emenda de Liderança nº 01 firmada pelo Ver.
João Dib.
Não havendo mais Vereadores inscritos para a discussão da matéria, está encerrada a discussão. Em votação. Não há Vereadores inscritos para encaminhar.
O SR. ARTUR
ZANELLA (Questão de Ordem): Conhecida como Rua B, essa Avenida Principal não tem esse nome acerca
de dois anos. Essa Avenida chama-se Ângelo Conti Pilla. As placas vão ser
inauguradas amanhã. Essa Vila fica muito longe da Sertório.
O SR.
PRESIDENTE:
Esta matéria pode ser, facilmente, sanada, no momento da redação final. Alerto
o presidente da Comissão de Constituição e Justiça para essa circunstância e a
Diretoria Legislativa da Casa para terem o cuidado em relação à redação, em
face a informação diligente.
O SR. ARTUR
ZANELLA (Questão de Ordem): Convido os colegas para a inauguração dessa rua, amanhã, às 10h30min.
Acesso ao Porto Seco.
O SR.
PRESIDENTE:
Em votação o PLE nº 42/96. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda n° 01,
de autoria do Ver. João Dib. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
PROC. 0957/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 017/96, que cria cargos na Administração Centralizada do Município, e dá
outras providências. (Auxiliar de enfermagem)
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Airto
Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver.
Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto.
Observações: - para
aprovação, voto favorável da maio ria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, §
1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do Artigo 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE:
Tendo em vista tratar-se de criação de cargos, a Mesa lembra a necessidade de
maioria absoluta dos Srs. Vereadores. Está incluído na Ordem do Dia por força
do art. 81 da LOM.
Em discussão o PLE nº 17/96.
(Pausa.) Em votação. (Pausa.) A votação será nominal. (Após a chamada.) APROVADO por 25 votos SIM, 0l ABSTENÇÃO.
- da CCJ. Relator Ver. Airto
Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver.
João Dib: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relatora Vera.
Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 018/96. O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para discutir.
O SR. WILTON
ARAÚJO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. Henrique Fontana, de forma cordial, disse
que hoje eu vim com toda a vontade de discutir. É verdade, tal o número de
Projetos e Processos que temos que discutir. Hoje não há pressa, a chuva está
intensa lá fora, os Vereadores que têm que fazer campanha estão meio tolhidos
para isso, então, é bom discutir.
Este Projeto altera as
especificações de agente de fiscalização. Quanto às atribuições, diz:
“Orientar, inspecionar, exercer fiscalização relativa à observância das normas,
leis e posturas municipais.” Então, serve para todas as fiscalizações,
inclusive, vejo com bons olhos porque serve para todas as fiscalizações
relativas ao transporte de Porto Alegre, transporte escolar, ônibus, táxi,
transporte público e outros. Como estamos ultrapassando uma fase em que o transporte
de Porto Alegre, mas precisamente o trânsito, está virado num verdadeiro caos,
eu acho que a alteração proposta aqui, como também a intensificação do trabalho
do agente de fiscalização, venha a melhorar o caos que o trânsito da Cidade vem
sofrendo.
Também é de estranhar, Ver.
Paulo Brum, e V. Exa. que observa o jornal desta Cidade e também escuta, com
certeza, o pronunciamento deste Vereador, pode observar nas páginas dos jornais
que lentamente vêm desaparecendo as reportagens que davam conta do caos na
Cidade de Porto Alegre. Eu não sei e desconfio que seja pela campanha
publicitária que vem sendo introduzida pela Administração Popular nessas mesmas
páginas de jornal. Eu acho que, talvez, os jornais não queiram gastar tantas
páginas em transporte e trânsito da Cidade, porque mal surgiu a campanha
publicitária paga por parte da Administração Popular com o esclarecimento de
que todo mundo deve ajudar no trânsito, que é uma coisa realmente
revolucionária, nova na linguagem do trânsito mundial, quer dizer, todos são
responsáveis pela Cidade e pelo trânsito; então, é algo que revoluciona de
forma aguda o tratamento do trânsito, Ver. Elói Guimarães, que já foi
Secretário dos Transportes e deve estar observando a campanha publicitária que
a Administração Popular vem introduzindo em todos os jornais da Cidade uma ou
duas partes de páginas, todos os dias. Eu só estranho que isso venha arrefecer
de forma extraordinária a fiscalização exercida magnanimamente pela nossa
livre imprensa de Porto Alegre, arrefecer a constatação de que o trânsito de
Porto Alegre continua um caos. Talvez engorde bastante a conta das empresas de
divulgação, mas certamente não vai resolver o trânsito da Cidade de Porto
Alegre, porque de tão revolucionário que é, parece bisonho. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Está encerrada a discussão do presente Projeto. Em votação o PLE nº 018/96.
(Pausa.) Não havendo Vereador para encaminhar, colocamos em votação. Os Srs.
Vereadores que aprovam o PLE nº 018/96 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Vamos convidar o Ver. Airto
Ferronato, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, desta Casa, para
que assuma os trabalhos a fim de se votar os pareceres conjuntos.
Estão suspensos os
trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 11h36min.)
O SR.
PRESIDENTE (às 11h37min): Estão reabertos os trabalhos.
O SR. JOÃO
MOTTA (Requerimento): Sr. Presidente, demais Vereadores, como é sabido, com relação a um
Processo, há uma que tão preliminar suscitada através de Questão de Ordem do
Ver. João Dib e precisaria, segundo o Regimento, ser votada anteriormente à
votação do Parecer propriamente dito.
Faço este Requerimento no
sentido de que em primeiro lugar seja votado o Parecer 198.
O SR.
PRESIDENTE:
Em votação o Requerimento do Ver. João Motta.
Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 1542/96 - PARFCER NQ
198/96, da Comissão de Constituição e Justiça, à Questão de Ordem, de autoria d Ver. João
Dib, que solicita interpretação do § 2º, do Artigo 1º, do Ato das Disposições
Orgânicas Gerais e Transitórias, da Lei Orgânicas do Município de Porto Alegre.
(PLE nº 033/96)
Relator Vereador Airto Ferronato; conclusões: “...Consequentemente, é
inaplicável a disposição do Art. 1º do Ato das Disposições Transitórias.”
Observações:
- votação nos
termos do Art. 194, § 2º,do Regimento da CMPA.
O SR.
PRESIDENTE:
Em votação Parecer n° 198/96, da CCJ. O Ver. João Dib está com a palavra para
encaminhar.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, há alguns dias ouvia que o Prof. Albert
Einstein, catedrático de uma universidade americana, ensinava matemática,
física, ele preenchia um quadro-negro com fórmulas complicadas, deixou tudo
escrito, encerrando a aula. A servente da escola, chegou, olhou todas aquelas
fórmulas, aqueles números, não entendia nada, apagou o quadro, lá num canto do
quadro tinha um círculo vermelho, fora estava escrito: “Por favor não apague,
naquele circulo estava escrito, “2+2= 4”. Einstein, perquerido, sobre as razões
de ter deixado apagar todo o quadro-negro e não o “2+2= 4” explicou que, na
realidade a simplicidade é tamanha e imutável.
Quando leio, já que não sou
nenhum Rui Barbosa, jurista, tenho que ter a simplicidade que o meu amigo José
Valdir me recomendaria. O parágrafo segundo, artigo primeiro, das disposições
transitórias é uma imposição ao Executivo. Na minha profunda simplicidade vejo
que, ninguém pode dar o que não tem, porque dois mais dois é igual a quatro. No
dia 31 de janeiro de 1989, a Lei Orgânica do Município dizia que o patrimônio
municipal poderia ser dado com o Direito Real de Uso. No dia 31 de janeiro de
1989 não havia condições de dar o Direito Real de Uso nesta área, porque era
do Município, não era patrimônio do Município, era sim, patrimônio do povo de
Porto Alegre, era um bem de uso público. Portanto, no momento em que se altera
a condição de área de uso comum do povo para patrimônio do Município, prova-se
que, naquele dia 31 de janeiro de 1989, o Município não poderia enquadrar os
moradores que ali estavam para lhes conceder o Direito Real de Uso, pois não
era ao Município, não era patrimônio do Município, mas, sim, era patrimônio do
povo de Porto Alegre. É por isso que o Parecer da Comissão de Justiça, por mais
respeito que me mereça, está equivocado.
Não era só quando eu fazia Questão de Ordem para que se dissesse
que era impositivo para o Executivo relacionar as áreas que poderiam ser objeto
de Direito Real de Uso. Porque, se naquele dia, naquele prazo relacionassem, o
Executivo diria que ali não poderia ser relacionado. Agora, 97 dias antes da
eleição, estamos discutindo se pode ou não ser dado o Direito Real de Uso.
O nobre Presidente da
Comissão de Justiça, autor do belíssimo Parecer que concluiu que era impositivo
para o Executivo nos 180 dias fazer a relação junto à UAMPA, das áreas capazes
de ser objeto do Direito Real de Uso, o Executivo não poderia, nem a UAMPA
poderia relacionar essa área que, hoje, pretende-se dar o Direito Real de Uso
de uma forma absolutamente ilegal. Ninguém pode dar o que não tem e no dia 31
de janeiro de 1989 não era patrimônio do Município, inalienável, esta área que
a Comissão de Justiça tão bem se referiu. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores, eu ouvi atentamente a
exposição do Ver. João Dib, e na condição de Relator da matéria eu não poderia
me furtar de estar aqui para dizer o seguinte: o processo trata da desafetação
de uma área, ou seja, tira dessa área a condição de praça para torná-la um bem
público do Município e, posteriormente, dar-lhe uma outra destinação. A Câmara
Municipal de Porto Alegre, como Poder soberano e último no Município, tem a
competência - apesar de tudo que está escrito na LOM -, a qualquer momento da
história e em qualquer área do Município de Porto Alegre, no sentido de
desafeta-la, mudar a sua destinação.
Daí o porque, da primeira
observação, eu acolho e digo aquilo que dizia o Ver. Elói Guimarães na nossa
reunião da Comissão: o Processo trata da desafetação de uma área. Por outro
lado, acho importante salientar que a LOM, no § 2º do art. 1º das Disposições
Transitórias, dizia que o Executivo Municipal, a Prefeitura, o Prefeito,
encaminharia à Câmara uma relação das áreas passíveis da utilização desse
Direito Real de Uso. E a verdade é que o Executivo não encaminhou a área Cosme
Galvão com essa finalidade de futura implementação com Direito Real de Uso.
Agora, a verdade é a seguinte: aquele art. 1º da LOM tratava de
uma imposição ao Prefeito, ao Executivo, ou seja, o Executivo precisava, meu
caro Presidente, encaminhar à Câmara uma proposta para Direito Real de Uso. Não
encaminhou. E se não encaminhou essa área, significa dizer que essa omissão não
pode prejudicar a Cidade de Porto Alegre. Em primeiro lugar, aquilo é uma
imposição ao Executivo e não uma penalização à sociedade.
Significa dizer o seguinte:
aquele artigo não pretendia penalizar os moradores da cidade. Se não
encaminhou, não encaminha mais. Aquele artigo basicamente tratava de uma
garantia aos moradores de Porto Alegre. Ou seja, o Executivo encaminharia à
Câmara essas relações. Não encaminhou. Esta garantia aos moradores ou também
essa omissão do Executivo não pode tirar da Câmara os poderes de legislar
sobre tudo que diga interesse local. Isto diz a Constituição Federal. A Câmara
de Vereadores tem poder soberano, limitado às regras da Constituição, para
legislar sobre tudo que diga respeito a interesse local. E esta é uma matéria
que trata de interesse local da nossa Cidade de Porto Alegre. Por isso que eu
entendo que, apesar de o Executivo não ter encaminhado aquele Relatório à Câmara,
mesmo assim, a qualquer momento, em qualquer área da cidade, é possível se
implementar direito Real de Uso, basta que se atenda o que está escrito na
parte não transitória, perene da Lei Orgânica, porque a parte transitória se
acaba com o passar do tempo.
Estando na parte perene da
Lei Orgânica, a Câmara Municipal de Porto Alegre tem competência plena,
soberana, superior, para legislar sobre Direito Real de Uso em qualquer momento
da história. Eu acredito que o Parecer, respeitando a posição do Ver. João Dib,
está correto por dois motivos: primeiro, o Parágrafo 2º do Artigo lº não pode
penalizar o cidadão de Porto Alegre. Ele é uma imposição ao Executivo e uma
garantia ao cidadão. A omissão do Executivo não pode gerar nenhuma perda à
Cidade. E, por último, trata-se esse Projeto de uma desafetação de área. Daí,
porque eu peço ao Srs. Vereadores que votem favorável ao nosso Parecer. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Com a palavra o Ver. Luiz Braz para encaminhar.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, Srs. moradores da Cosme e Galvão, o Ver. João
Dib, no seu encaminhamento e nos argumentos que ele tem levantado com relação
à legalidade ou não da apresentação deste Projeto que nós estamos discutindo
nesta Casa, no meu modo de entender, comete apenas um equivoco que está levando
o Ver. João Dib a uma análise errada do assunto. O art. 1º do Ato da
Disposições Orgânicas Gerais e Transitórias diz: (Lê) “Aos ocupantes de área de
propriedade do município, de suas autarquias, empresas públicas e sociedades de
economia mista não-urbanizadas ou edificadas anteriormente à ocupação, que aí
tenham estabelecido moradia até 31 de janeiro de 1989 e que não sejam
proprietários de outro imóvel, será concedido o Direito Real de Uso conforme
regulamentação em Lei Complementar a ser votada até 60 dias da promulgação da
Lei Orgânica.”
Estes ocupantes da Cosme e Galvão, todos eles, na verdade, estavam
habitando no dia 31 de janeiro de 1989, até aquela data, uma área que era
contínua e sendo de propriedade do Município de Porto Alegre, na verdade,
obedecendo ao que está dizendo este art. 1º de Ato das Disposições Orgânicas e
Transitórias.
Tem razão o Ver. Airto
Ferronato que é o relator, quando vai lá para o parágrafo 2º deste art. 1º e
diz que: “O município de Porto Alegre, o Executivo Municipal comete um erro,
comete uma falha em não obedecer a este parágrafo 2º porque este parágrafo 2º
diz”: “No prazo de 180 dias a promulgação da Lei Orgânica, o Poder Executivo,
juntamente com a União as Associações de Moradores de Porto Alegre procederá ao
levantamento á caracterização das áreas referidas no caput”. Essa ação do
Executivo deveria ter sido executada, não foi. Dava trabalho, daria trabalho?
Claro que sim e o Executivo não quis ter o trabalho para fazer este tio de
levantamento que preceitua o parágrafo 2º do art. 1º do Ato das Disposições
Transitórias da Lei Orgânica. Esses moradores, e diz bem o Relator da matéria,
não tem que ser punidos no seu direito mais sagrado que é o direito à moradia,
no direito de ter a tranqüilidade de estar residindo em uma área porque o Executivo
falhou, porque o Executivo foi omisso. Não são os moradores que devem ser
punidos.
Quando o Sr. Prefeito
Municipal envia para esta Casa um Projeto de Lei que desafeta aquela área,
dando uma nova destinação ou tentando dar uma nova destinação que é a do
Direito Real de Uso, acho que o Executivo está tentando se redimir do seu erro,
muito embora não conseguindo corrigir a falha legal, mas de uma forma ou outra,
fazendo com que com o aval desta Casa possa dar destinação para esta área da
Cosme e Galvão. Essas famílias - de acordo com essa legislação a Lei
Complementar Nº 242, que disciplina a concessão de Direito Real de Uso - todos
aqueles que estiverem enquadrados nesta Lei Complementar Nº 242 que são aqueles
que tem propriedades de até cento e cinqüenta metros quadrados, poderão
usufruir assa benesse do Direito Real de Uso, que foi uma lei votada aqui por
esta Casa quando votamos a Lei Orgânica e a regulamentação da Lei Complementar
nº 242. Diz o Relator e concordo com ele: “A omissão do Executivo tem que ser
ressaltada”; porque não está prejudicando apenas essa comunidade, mas prejudica
também outras comunidades. Agora, essa omissão não pode ferir de morte essas
pessoas que ai estão apenas querendo o direito de morar. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores é sempre louvável a diligência que tem o Ver.
João Dib, mas S. Exa. não interpreta, com a devida adequação, o dispositivo que
ora se discute. Eu diria que - e o parecer do Relator nos chama a atenção nesse
sentido - não se aplica esse dispositivo. As Disposições Transitórias e Gerais
que poderiam ser discutidas têm um determinado caráter. Eu chamava a atenção,
na oportunidade, para aquelas disposições que constavam da Constituição de 46,
que diziam que Brasília seria construída dentro de “x” tempo. Esse tempo,
evidentemente, deu-se em outra oportunidade.
Então, vejam que as
Disposições Transitórias não têm aquela cogência da disposição inserta na Lei -
é disposição geral e transitória.
Por outro lado, o que busca
o Prefeito com a sua iniciativa? Vejam que o Prefeito está tratando de uma
área que não é um bem dominial e a disposição se aplica aos bens dominiais. O
bem sobre o qual busca a desafetação o Prefeito Municipal é bem de uso comum do
povo. Primeiro é necessário ao Prefeito desafetar para depois desencadear o
processo de ocupação do Direito Real de Uso.
Então, não se aplica o
dispositivo. Se se tratasse de um bem dominial, o Prefeito Municipal não viria
à Câmara pedir desafetação; aplicar-se ia esse dispositivo. Mas a verdade é que
não tendo sido aplicado pelo Sr. Prefeito Municipal, considerando que o tempo é
inexorável e que não se pode voltar no tempo, estaríamos criando uma situação
insustentável, sob o ponto de vista de viabilizar as disposições transitórias.
Já disse, a diligência do
Ver. João Antônio Dib não assiste razão, e é de todo procedente o Parecer
porque ele configura - a meu entender - o melhor enquadramento da matéria. O
bem que ora se discute vem à Casa para fins de desafetação por se tratar de bem
comum do povo: são praças, áreas reservadas, etc., não bens dominiais. Se
fossem bens dominais, que também não são bens especiais, o Prefeito Municipal
poderia desencadear um processo de Uso Real, não é o caso. Por isso, Ver. João
Dib, fica a nossa manifestação para dizer que a Lei Complementar nº 242 disciplina a concessão do Direito
Real de Uso aos ocupantes de áreas de propriedade do Poder Público. Fica a
nossa manifestação para, com tranqüilidade absoluta, votarmos o presente
Parecer. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mário Fraga): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar.
O SR. RAUL
CARRION:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores; demais presentes; amigos da Cosme e Galvão
aqui presentes. Nós encaminhamos em nome do PC do B, favoravelmente ao Parecer
da CCJ, que abertamente coloca correção de decidirmos sobre a desafetação da
área em questão para a concessão do Direito Real de Uso. Parece-nos que a Lei
Orgânica é extremamente clara, quando concede esse direito aos ocupantes que
ali se encontram desde 31 de janeiro de 1989. Além de tudo o que já foi dito
aqui pelos colegas eu vou chamar a atenção ao artigo 15 da Lei Orgânica. (Lê.)
“Art. 15 - O uso de bens
municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou
autorização, conforme o caso, atendido o interesse público, coletivo ou social,
nas seguintes condições:...”
O inciso II parece-me que
esclarece, definitivamente, a questão levantada pelo Ver. João Dib.(Lê.)
“II - a concessão de Direito
Real de Uso de bens de uso comum ...”
Portanto é o caso em
questão:
“.... somente poderá ser
outorgada mediante lei e para finalidade de habitação e educação ou
assistência social;”
Portanto, esta área, de uso
comum, como muito bem colocou o Ver. Elói Guimarães, pode ser objeto de
concessão do Direito Real de Uso, autorizado pelo artigo 15, inicio II. Mas,
neste caso, é necessária uma lei e em casos bem determinados. O caso que
estamos estudando é o de habitação.
Parece-me que toda a
argumentação do Ver. João Dib cai por terra. Qual é o argumento dele? Ele diz
assim: “A concessão do Direito Real de Uso só é possível para o bem já de
propriedade do município e não para o de uso comum.”
Ele esqueceu, com toda a sua
experiência, do artigo 15 que trata, exatamente, dos bens de uso comum. Então,
como diria o Einstein, “está aqui a chave do problema.” Está resolvido um
problema.
Agora, eu gostaria de dizer,
em nome da Bancada do PC do B, que o que está em discussão não é uma mera
questão legal. Esta é a forma com que as coisas são debatidas aqui na Câmara: o
aspecto formal do parágrafo, da lei, etc.
Mas o que na verdade está em
discussão é uma questão política e ideológica. O Ver. João Dib é contrário a
este projeto, a esse direito da concessão de Direito Real de Uso. E mais ainda,
se for ao lado do Country Club... A visão do Ver. João Dib é que ali só pessoas
de elite podem habitar. Quando a nós, lutamos para que a população pobre não
seja discriminada nem jogada nas periferias, mas que tenha direito a morar em
qualquer canto desta cidade. Por isso o PC do B encaminha favorável. Muito
obrigado.
(Revisto
pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Em votação o Parecer 198/96. O Ver. João Dib está com a palavra, para
encaminhar, como autor do parecer.
O SR. JOAO
DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, devo dizer, em primeiro lugar, que não sou contra
ninguém...
O SR. LUIZ
BRAZ (Questão de Ordem): Eu gosto muito de ouvir o Ver. João Dib, só que nós estamos votando
aqui o Parecer que é de autoria do Ver. Airto Ferronato, e não do Ver. João
Dib.
O SR. JOÃO
DIB: Eu
tenho um passado que assegura que eu não sou contra ninguém. Já resolvi
problemas de muita gente, em matéria de habitação e outros mais nesta cidade.
Eu só posso ficar contra os juristas de plantão; os juristas que, titulados,
acham que um título resolve tudo. Hoje pela manhã eu comprei este livro para
poder debater o problema. O Ver. Airto Ferronato, autor do Parecer, coloca uma
série de coisas que me deixam abismado. Acham que o poder soberano, absoluto,
sem falhas é o poder soberano do Legislativo. Não, soberano e último é o
Judiciário.
Ele esqueceu que o Projeto
de Lei em discussão no art. 2º diz que exatamente que é para aplicação do art.
1º das Disposições Transitórias, leia o Projeto de Lei. E se não encaminhasse,
diz o Ver. Airto Ferronato, não encaminharia nunca mais. Pode encaminhar sim
mudando a Lei Orgânica. E a Lei Complementar nº 242, trazida ao Plenário pelo
eminente jurista Ver. Elói Guimarães, seria a força maior que eu teria para
usar, porque a Lei Complementar nº 242 - o Executivo Municipal vetou a
colocação da Câmara - diz que “as áreas de uso comum o povo e as áreas de uso
especial que se encontraram em situação referida no art. 1º, do ato das
Disposições Transitórias, não incluídas nas situações previstas nos incisos e
alíneas deste artigo, deverão ser objeto de desafetação e transformadas em
áreas dominais, incorporadas ao Banco de Terras para fins de concessão de
Direito Real de Uso”. O prefeito vetou isso aqui, a Câmara derrubou o Veto,
quer dizer, o Prefeito não acreditava que fosse possível fazer a alteração sem
alguma violência.
E o emérito jurista Ver.
Raul Carrion vem me dar uma aula aqui de que eu não li o art. 15. Eu li o art.
15, que diz realmente que a concessão do Direito Real de Uso comum somente
poderá ser outorgada mediante lei para finalidade de habitação, educação ou
assistência social. Este é o inciso II, do art. 15, que fala no uso de bens
municipais por terceiros que poderá ser feito “mediante concessão, permissão ou
autorização conforme o caso atendido o interesse público, efetivo ou social nas
seguintes condições...” Mas, o emérito professor Raul Carrion, ele não leu foi
o 192, que diz que as áreas de lazer do Município são intocáveis, não podendo
ser cedidas, vendidas, emprestadas ou alugadas sob qualquer pretexto, ficando
proibida a sua utilização para outros fim. É a Lei Orgânica.
Então, Srs. Moradores da
Cosme e Galvão, vocês estão na presença
de Vereador; um Vereador está na presença dos senhores com a verdade. Eu não
tenho nada contra os moradores da Cosme e Galvão. Eu não quero que a Lei
Orgânica seja fraudada. Se o Prefeito quer fazer o que está fazendo, vetou ontem, que faça a alteração da Lei
Orgânica. Ninguém impede que a Lei Orgânica seja alterada, basta que onze
Vereadores assinem uma proposta de alteração da Lei Orgânica e a coisa vai
acontecer. Basta que o Prefeito peça uma alteração da Lei Orgânica e o
Plenário vai decidir.
Mas o que está se fazendo
aqui é o desconhecimento do direito. Eu não sou jurista, mas o Hely Lopes
Meirelles eu acho que era. Ele diz: “...conceitua os bens dominais ou do
patrimônio disponível ... - é o que a prefeitura tem no artigo 1º das
Disposições Transitórias - ... embora integrando domínio público, como os
demais. Deles diferem pela possibilidade sempre presente de serem utilizados
em qualquer fim ou mesmo alienados pela administração, se assim o desejar, daí
porque recebem, também, a denominação de bens patrimoniais disponíveis.”
Encerro, fazendo a leitura
de J. Critela, quando analisa, num curso de direito administrativo, os bens
patrimoniais indisponíveis: “Os bens do primeiro grupo, de uso comum e de uso
especial, são afetados ao uso do povo ou ao serviço público, não podendo, por
isso, o Estado aliená-los. São intangíveis. Somente pelo instituto da
Desafetação, complexo e demorado, é que poderão ser degradados, desclassificados,
passando, desse modo, para a classe de bens do patrimônio disponível e só
depois suscetível de alienação, mediante licitação pública.
Concluo, dizendo que a
agressão à Lei Orgânica será tranqüila e passível de verificação do Judiciário,
se o Plenário entender que o Parecer da Comissão de Justiça está correto. Muito
Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO
MOTTA (Questão de Ordem): O Ver. João Dib mencionou que o Prefeito vetou o artigo. Eu completo a
informação, mesmo o Prefeito vetando, este Plenário derrubou o Veto. Portanto,
a lei está em pleno vigor.
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn):O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, tenho procurado, nesta Sessão, o
máximo de elementos para poder-me pronunciar, porque verifico o seguinte: nós
votamos um parecer do Ver. Airto Ferronato que foi aprovado pela Comissão de
Constituição e Justiça e que conclui - é a única coisa que nós temos aqui nos
avulsos -, dizendo o seguinte: “... consequentemente é inaplicável a disposição
do art. 1º do Ato das Disposições Transitórias”. O Projeto de Lei, sobre o qual
se decide a Questão de Ordem, diz no seu art. 2º que esses imóveis “terão a finalidade de cumprir o disposto da
Lei Orgânica do Município” - art. 1º do Ato das Disposições Orgânicas Gerais e
Transitórias, nos termos da Lei Complementar 242/91. Ora, Sr. Presidente, eu
quero declarar o meu tumulto. Ver. Elói Guimarães, o parecer que V. Exa.
sustenta diz que é inaplicável a disposição do art. 1º do Ato das Disposições
Transitórias. O Projeto de Lei do Sr. Prefeito pretende ver aplicadas essas
disposições. O art. 2º, que V. Exa. leu da tribuna, diz que esses imóveis terão
a finalidade de cumprir a disposição da Lei Orgânica do Município, no art. 1º
do Ato das Disposições Orgânicas Gerais e Transitórias nos termos da Lei
Complementar Nº 242/91.
Quer-me parecer, Vereador,
que, aprovado o parecer do Ver. Airto Ferronato, nós estaremos, simplesmente,
dando condições de aprovação ao Projeto no seu art. 1º e afastando o seu art.
2º, porque, segundo o parecer, são inaplicáveis as disposições do art. 2º. O
parecer conclui que é inaplicável a disposição do art. 1º do Ato das
Disposições Transitórias, e nós só votamos isso. Se votarmos isso, nós
estaremos “ipso facto”, Ver. João Dib - V. Exa. levantou o problema,
dizendo que o art. 2º do Projeto de Lei não pode subsistir.
O art. 2º quer aplicar
disposição de lei que o parecer que estamos votando sustenta que não pode ser
aplicado. O fundamento da proposição é que desafetar área é competência da
Câmara de Vereadores, e que essa competência podemos utilizar independente de
qualquer circunstância. Então, estamos autorizando pelo art. 1º a desafetação.
E o 2º a teor do que está colocado no parecer, desaparece. Porque diz o parecer
que não se aplica no caso as disposições do art. 1º, dos atos das disposições
orgânicas gerais e transitórias. E o que quer a lei, exatamente, é que ele seja
aplicado. Desafetar, pura e simplesmente, a área não resolve o problema criado
a partir do desejo do Executivo Municipal de aplicar o art. 1º das disposições
transitórias. Diz o parecer que é inaplicável na espécie.
Se aprovarmos o parecer, o
Ver. João Dib não se deu conta, nós estamos socorrendo as suas posições, porque
o que está dizendo o parecer é que é inaplicável nesse Projeto o art. 1º. É o
parecer que diz.
Então, aprovado o parecer, Sr. Presidente, morreu o art. 2º do Projeto. Vamos deliberar, pura e simplesmente, sobre o art. 1º e os demais, menos o art. 2º. Porque o parecer da Comissão de Justiça do Ver. Airto Ferronato diz: “consequentemente é inaplicável a disposição do art. 1º dos atos das disposições transitórias. É inaplicável a quê? Ao Projeto que está sendo examinado. Não será em outra situação?
Dentro desse quadro me
parece que as propostas colocadas da Tribuna estão em acordo com aquilo que o
parecer está colocando. Por esse parecer, se aprovado, diz que é inaplicável o
art. 1º das disposições orgânicas gerais e transitórias. E era isso que
sustentava o Ver. João Dib, todos aqueles que votaram a favor do Parecer vieram
aqui sustentar posição em contrário, daí esta situação absolutamente paradoxal
que estamos vivendo. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal, tendo em vista Requerimento formulado pelo Ver. Reginaldo Pujol, o Parecer n° 198/96, da Comissão de Constituição e Justiça. (Após a chamada.) APROVADO por 25 votos SIM, 01 NÃO.
A Presidência passa a ler a Declaração de Voto do Ver. Artur Zanella.
“Declaração de Voto:
Acredito que o Parecer está equivocado e o Vereador João Dib está com a razão. Mas a questão é política e temos que apoiar os moradores. Quem assim não concordar tem o direito, e o dever, de entrar na Justiça.
(a) Ver. Artur Zanela.”
PROC. 0959/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 019/96, que cria cargos de provimento efetivo na Administração Centralizada
do Município, e dá outras providências . (Fonoaudiólogo) Com Emenda nº 0l.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver.
Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações: - para aprovação, voto favorável da maio ria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do Artigo 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão. (Pausa..) Em votação. (Pausa.) A votação será nominal. (.Após a
chamada.) APROVADO o PLE nº 19/96
por 27 votos SIM.
Em votação a Emenda n° 01.
Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
PROC. 0970/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 051/96, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que concede o
título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Boris Wainstein.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José
Valdir: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul
Carrion: pela aprovação do Projeto.
Observações: - para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA Artigo 82, § 2º,
IV, da LOM;
- votação nominal nos termos
do Artigo 174 do Regimento da CMPA.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão o PLL n° 51/96. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 29 votos SIM.
Convidamos o Ver.. Airto
Ferronato para promover a votação dos Pareceres de Reuniões Conjuntas que se
encontram em regime de urgência..
Estão suspensos os trabalhos
da presente Sessão.
(Suspendem-se.
os trabalhos às 12h34min.)
O SR.
PRESIDENTE(às 12h35min): Estão reabertos os trabalhos.
Comunicamos aos Srs. Vereadores que vamos encerrar a Sessão agora, e convocar uma Sessão Extraordinária para às 14h30min. Explico a razão: esta Presidência tem que instalar os Atos da Sessão Especial, às 14h, em homenagem a ilustre figura do Presidente Nacional da Legião da Boa Vontade, Sr. Paiva Netto.
O SR. JOÃO DIB
(Questão de Ordem): Eu discordo de V. Exa., não há porque convocar Sessão Extraordinária.
Eu estou aqui, os Vereadores também, não há porque convocar Sessão
Extraordinária. A Sessão deve continuar.
O SR. LUIZ
BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu concordo com qualquer tese de continuidade dos
trabalhos, desde que nós respeitemos uma Sessão que já está marcada por esta
Casa, que foi votada pelos Vereadores e que vai trazer para esta Casa pessoas
que vêm de outros Estados para dela participar. Então, não poderíamos
simplesmente tocar esta Sessão, passar por cima e atropelar o que já está decidido
por esta Casa.
O SR.
PRESIDENTE: Por
esta razão, nobre Vereador, eu propus o encerramento da presente Sessão.
Posteriormente, nós reabriríamos às 14h30min, em Sessão Extraordinária, para
que possa, este Presidente, em respeito à Sessão Especial, requerida e
aprovada, e que envolve pessoas que vêm de fora do Estado justificar,
inclusive, a minha saída.
O SR. EDI
MORELLI: Eu
quero justificar a minha falta na convocação para ás 14h30min, porque eu tenho
um compromisso assumido e não posso adiar.
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa, para encerrar os trabalhos da presente Sessão Ordinária, considerando
que não há esgotamento, da Pauta, só poderia encerrar por falta de quórum e não
é o caso. Há quórum visivelmente. A Mesa vai dar continuidade aos trabalhos.
PROC. 1196/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 022/96, que declara de utilidade pública a Escola Maria Goretti – 1º Grau.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver.
Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Jocelin
Azambuja: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o
PLE n° 22/96 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC.
1198/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 024/96, que declara de utilidade pública a Associação de Pais e Amigos
do Centro Abrigado Zona Norte APACAZON.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. João
Motta: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver.
Jocelin Azambuja: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o
PLE nº 24/96 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José
Valdir: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver.
Décio Schauren: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE:
Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PR
nº 09/96 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Nós suspenderemos os
trabalhos para uma Reunião das Comissões Permanentes.
(Suspendem-se os trabalhos às 12h47min.)
O SR. PRESIDENTE(ás 12h56min): Estão reabertos os trabalhos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1673/96 - PROJETO DE
RESOLUÇÃO Nº 018/96, de autoria da Mesa Diretora, que cria cargos de Assessor Técnico
Especial no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara
Municipal de Porto Alegre, e das outras providências. Com Emendas nºs 01, 03, 04, 05 e 06, e Subemenda nº
01 à Emenda nº 0l.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do Artigo 102, § 4º, do Regimento da CMPA;
- Emenda nº 02 retirada.
O SR. PRESIDENTE: Requerimento firmado por este Vereador, solicitando o adiamento da discussão do PR nº 18/96 por uma Sessão.
Em votação. O Ver. Jocelin
Azambuja está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós estamos aqui numa discussão que me parece
sem nenhum sentido, com certo pruridos que não levam a lugar nenhum. Todos já
haviam se convencido da necessidade da criação dos cargos técnicos, por um
período determinado. O Plano Diretor já se encontra tramitando na Casa parte
dele. Outra par te já está a caminho. As Lideranças discutiram, chegaram a um
consenso do número de cargos por período transitório e o Executivo está
querendo criar dificuldades. Como sempre, para aprovar os seus Projetos, aí
todos são convocados e tudo bem. Quando são os de interesse da Câmara se cria
as dificuldades. Aí surgem, os moralistas os éticos, e todos aqueles que estão
nas páginas dos jornais. O Ver. Artur Zanella me passava aqui: “O Decreto
determina que seja efetuado o pagamento de importância, por um prazo de 6
meses, a partir de 1º de janeiro de 96, artigo 6º: Kelli Ribeiro Jordão,
Viviane Morais, Isabel Cristina Matte, Cláudio Golin Costa, Eliane Timm, Lígia
Ely, Edson Teixeira, Ramiro Nunes.” São cargos criados pelo Executivo por 6
meses, temporários. Não tem nada de antiético, não tem nada de imoral, não tem
nada de errado; agora toda essa dificuldade para se criar alguns poucos cargos
de uma relevância fundamental para a Câmara de Vereadores, para nós não sermos
atropelados por este Plano Diretor que aí esta.
Nós já temos que estar
estudando aquilo que aqui está porque a exemplo da LDO esta é a primeira arte.
Não tem porque se fazer toda esta cena aqui. Aqui há outro: “Inexigibilidade
de licitação, Fundação CEPA - Centro de Estudos e Proteção ao Ambiente”. Cargos
criados pelo Executivo sem licitação no valor de 53.600 mil reais.
Então vamos ficar aqui
discutindo e o Executivo querendo nos impor, querendo barganhar isto, querendo
barganhar aquilo. Tem que criar logo os cargos. Nós precisamos dos cargos. Qual
é o medo? Qual é o problema? O Executivo pode criar quantos cargos quiser? Aí,
vêm as Lideranças dizer que não. Olha os falsos moralismos, olha os falsos
pruridos e o pior de tudo, olha os medos desnecessários, a não ser que sejam
algumas pessoas patrulhadas pela imprensa. Acho que aqui ninguém é patrulhado
por ninguém. Claro, quiseram nos Patrulhar no Plano Diretor, mas este tipo de
coisa, não.
Estou falando em nome da
Bancada e quero dizer o seguinte: estou me sentindo numa situação até
desagradável. São poucos cargos criados com uma finalidade dirigida, técnica,
de quem não quer ser enrolado no Plano Diretor, não quero ser empulhado. As
pessoas que entendem alguma coisa sabem, mudou uma vírgula, muda tudo. Mudou
uma palavra, muda tudo. Por favor, vamos parar com isto, vamos aprovar logo
estes cargos, para ingresso imediato, para estas pessoas começaram a estudar o
Plano Diretor de fato, com o material que temos aqui e depois com o material
que vai chegar. Não me venham os falsos moralistas falarem em Código de Ética,
de moral e não sei mais o quê. Vamos ler o jornal, vamos ver as coisas que
estão sendo publicadas. Não vamos dar vazão a essas coisas se é que foi feito
um estudo sério. Se foi feito um estudo sério, se as Lideranças acharam que era
necessário, vamos votar de imediato. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Está com a palavra o Ver. Fernando Záchia para encaminhar o PR 18/96.
O SR. FERNANDO
ZÁCHIA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores entendo, Ver. Dilamar Machado, que todos nós, ao
longo deste mandato, sempre deixamos bem claro a preocupação da moralização da
Casa, e eu tenho certeza de que ninguém está pensando em aprovar criação de
cargos por um benefício pessoal. Eu ouvi, enquanto o Ver. Jocelin Azambuja
falava, um Vereador dizer: vão contratar para a campanha. Não, nós temos um
compromisso bem maior do que isso. Se temos responsabilidade, devemos assumir
posições.
Entendo que é uma matéria
extremamente importante não para o mandato do Vereador, mas para a cidade de
Porto Alegre e me julgo, Ver. Mário Fraga, impossibilitado para votar uma
matéria extremamente técnica se não tiver um acompanhamento específico. Vamos
correr o risco de ser acusados de estar contratando técnicos para nos ajudar na
campanha. Temos que passar por cima dessas coisas. Temos que ter a preocupação
de votar aqui uma matéria com conhecimento mínimo porque tem um reflexo muito
grande na cidade. Eu me sinto impedido de votar o Plano Diretor se não tiver
esse assessoramento. A discussão é outra. Discute-se temos que contratar neste
momento ou se temos que esperar que venha a segunda parte do Plano Diretor. Eu
entendo que essa primeira parte já é importante. Penso que já é necessária a
contratação imediata para que no decorrer do mês de julho este assessoramento
técnico já possa fazer um trabalho que me prepare para o momento em que chegar
esse Projeto. O Executivo Municipal assumiu publicamente o compromisso de que
mandaria, no decorrer deste ano, o Plano Diretor. Na minha campanha já tenho
falado sobre o Plano Diretor; é um compromisso que está se assumindo com a
Cidade.
Ora, Ver. Isaac Ainhorn, não vou votar isso na corrida. Estamos
num ano eleitoral, estaremos mais ausentes do que o Presidente desta Casa e não
vou votar uma matéria de extrema relevância para a Cidade se não tiver um
assessoramento técnico. O Ver. Jocelin Azambuja, informado pelo Ver. Artur
Zanella, mostrava editais de contratações legítimas feitos pelo Executivo, que
está se assessorando tecnicamente para desenvolver o Plano Diretor. Será que,
para nós que vamos votar a matéria, vão querer nos dar assessores cinco ou dez
dias antes de votarmos? Essa é uma matéria muito perigosa; se alterarmos uma
pequena coisa no Plano Diretor, há um reflexo muito grande. O Ver. Pedro
Américo Leal, que mora na Bela Vista, sabe bem disso. Estragaram aquele bairro,
porque houve aqui mudanças sobre as quais não tomaram o cuidado que tomaremos.
Então, isso vai nos obrigar a um conhecimento e a um trabalho muito intensos;
não vai ser um trabalho de 15 ou 30 dias.
Se nós quisermos desenvolver
um trabalho técnico sério, necessitamos, de imediato, desse assessoramento,
para que possamos aprovar a matéria de forma consciente, na certeza de que
estamos preocupados com a nossa Cidade. Muito Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRBSIDENTE:
O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar.
O SR. RAUL
CARRION:
Sr. Presidente e Sr. Vereadores, diz o povo que “quem não deve não teme”. Como não devo, não temo. Considero que
essa decisão deve ser tomada sem nos preocuparmos se existe eleição e o que vão
dizer na esquina. Não sou candidato e não costumo agir ou votar pensando nisso.
O Plano Diretor está sendo
estudado pelo Executivo para ser modificado, pelo menos há uns 3 anos. Mais
recentemente pode-se dizer que se está trabalhando tecnicamente em cima dele há
pelo menos 1 ano e meio.
Então, vejam a complexidade
do Plano Diretor. É prevista uma modificação, uma adaptação a cada 5 anos. Deve
fazer, mais ou menos, 10 anos que não é modificado. Tivemos uma Lei Orgânica
que alterou enormenente após uma modificação, temos alterações da legislação
federal. Talvez haja algum colega aqui que pense que o exame da modificação do
Plano Diretor é o exame da matéria enviada pelo Executivo. Sinceramente: é quem
não conhece o Plano Diretor. Eu examinei um aspecto do Plano Diretor, quando
foi enviado, a Lei do Parcelamento do Solo exige um estudo de toda a legislação
federal sobre o assunto. Quero dizer, portanto, que o que temos oficialmente é
o anúncio do envio do Plano Diretor, não houve nenhum anúncio em sentido
contrário; segundo, temos na Casa a primeira parte dessas modificações;
terceiro, o mês de julho seria um mês que nos propiciaria formar uma equipe,
iniciar esse estudo, o próprio Vereador teria um conhecimento maior, discutir
as questões políticas ver as idéias que ele tem, independente das que o
Executivo tem. Porque eu não pretendo começar a trabalhar no Plano Diretor
depois que vier o que o Executivo quer mudar, eu tenho que perguntar o que a
sociedade quer mudar, o que o movimento comunitário acha que deve mudar, o que
outras entidades pensam, o que eu penso que deve mudar. Quando eu vou começar
a trabalhar isso? No dia em que o Executivo decidir enviar a segunda parte?
Não. Pretendo trabalhar desde agora. E sem assessoria técnica? Pegar um projeto
que é uma verdadeira caixa preta para quem não tem a chave técnica, estudado
pela universidade, pelos técnicos da ESPM, pelos técnicos da SMOV, pelos
técnicos contratados pelo Executivo, então, perdoem-me, ou somos
irresponsáveis e vamos votar este Projeto sem conhecimento, ou temos que
decidir logo. Eu aceito como mediação na negociação o seguinte: criam-se
cargos hoje e dá-se um prazo para o Executivo para enviar uma mensagem
comunicando não que o Plano Diretor não virá. Neste caso, esses cargos não seja
preenchidos, ou até neste prazo de uma semana, no máximo. Caso contrário, se
for confirmado o envio ou se o executivo calar, porque calar hoje é manter a
tramitação e manter aviso de que vem o Projeto. Ou todo mundo não tomou
conhecimento pelo executivo de que vem o Plano Diretor? Não, mas ele pode vir a
retirar de pensamento de trazer. Vamos guardar, mas isso è incorreto, isso é
irresponsabilidade desta Casa.
Portanto o PC do B encaminha
no sentido de que se vote e em caso de votar, votará a favor, agora concorda
que se dê um prazo de uma semana para o Executivo decidir. Se não vier
contra-ordem nomeiam-se os cargos e vamos trabalhar porque o mês de julho é um
mês que dá condições de se trabalhar mais. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Com a palavra o Ver. Dilamar Machado para encaminhar o PR nº 18/96.
O SR. DILAMAR
MACHADO:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Evidente que o que eu vou dizer o faço em
nome pessoal, embora encaminhe pelo PDT, porque não há de parte da nossa
Bancada uma decisão unânime. Eu quero neste pronunciamento prestigiar a figura
do Presidente da Casa. Já fui Presidente deste Legislativo e sei da
responsabilidade que pesa sobre o Ver. Isaac Ainhorn, que é o Presidente da
Casa pela vontade da maioria dos Vereadores deste Legislativo.
Não estamos neste momento
decidindo o mérito da matéria, estamos, apenas, por uma medida de precaução,
adiando a votação e eu não vou entrar no mérito, até porque os Vereadores desta
Casa já conhecem a minha posição e quero dizer que é uma posição de defesa dos
Vereadores desta Casa. Argumento do Ver. Jocelin Azambuja: o Executivo nomeou
oito pessoas, mas são funcionários do Executivo que foram designados para a
elaboração de alterações do Plano Diretor da Cidade. Mas esta é uma obrigação
do Executivo Municipal. Não vejo nada de mais.
Segundo argumento: quando é
que vem essa alteração para esta Casa? Para essa matéria que está em tramitação
eu não preciso de nenhum assessor. Eu examino e sei o que dizer. Além do mais,
nós temos nesta Casa cerca de quinhentos funcionários do Legislativo Municipal.
Por que não se dar uma gratificação aos nossos servidores, aos nossos
procuradores, aos nossos arquitetos, aos nossos engenheiros, que são
funcionários de carreira e que aqui fazem a sua vida trabalhando? Nós temos uma
Assessoria Técnica Parlamentar, composta de bacharéis. Por que não se entrega
à Assessoria Técnica Parlamentar a tarefa de examinar, quando vier o Projeto?
E se não vier para esta Casa esse Projeto? E se o Executivo ainda não tem a
convicção? Parece-me que não tem. Eu não vi, até hoje, o Prefeito Tarso Genro
dizer que o Projeto está pronto, nem a Bancada do PT.
Eu vou votar a favor do
adiantamento desta matéria, por uma questão de defesa desse Legislativo, e em
defesa do Ver. Isaac Ainhorn, porque se essa matéria for aprovada nesta tarde,
no último dia de Sessões, numa Sessão que sequer foi prorrogada - parece-me que
não foi prorrogada - na undécima hora, o que vai sair na imprensa, sem dúvida,
é que o Ver. Isaac Ainhorn vai assinar um trem da alegria na Câmara Municipal.
Talvez, equivocadamente, seja essa a interpretação, mas é essa que vai sair.
Nenhum jornal vai dizer que os Senhores Vereadores de Porto Alegre, em boa
hora, resolveram se assessorar de grandes personalidades do mundo jurídico, de
arquitetos, de engenheiros. Nada disso. Até porque era um ingrediente
inarredável nessa situação. Daqui a três meses nós temos eleição. A imagem que
vai ficar é a do cabo eleitoral, sem dúvida. Por essa razão, Sr. Presidente, eu
acho que V. Exa. deve agir com cautela, com prudência, com inteligência e em
defesa do Presidente da Casa e da imagem do nosso Legislativo, e, como
argumento final, Ver. Luiz Negrinho, não há matéria para essa assessoria
examinar, nós estaríamos criando uma despesa muito grande para o Legislativo e
teríamos dezenove assessores aqui, aguardando um Projeto que sequer sabe-se se
virá ou não a esta Casa. Por essa e por todas a demais razões que poderia
expor, eu encaminho, favoravelmente, ao adiamento da matéria. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa convida o Ver. Edi Morelli para assumir os trabalhos, pois este
Presidente encaminhará como autor.
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): Solicito às Lideranças que se reunam em outro local.
O Ver . Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar, como autor.
O SR. ISAAC
AINHORN:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu gostaria de deixar muito claro, com
relação ao Projeto de Resolução, que, com a responsabilidade de Presidente
desta Casa, a exemplo de uma história de referências, sobretudo nesta
Legislatura, de condição responsável e austera dos destinos desta Casa, eu e
meus colegas de Mesa, tendo em vista a manifestação do Sr. Prefeito de que
encaminharia, até o dia 30 de junho - palavra pública dele - as alterações
técnicas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, entendemos que a Casa, as
diversas Lideranças, os partidos políticos com assento nesta Casa, deveriam se
valer de uma orientação técnica sobre o debate em torno do Plano Diretor. Os
valores envolvidos, do ponto de vista de repercussão na Cidade, são
incalculáveis.
Portanto, não tive dúvidas
em solicitar aos assessores da Casa que elaborassem um Projeto de Resolução com
relação à criação desses cargos. Estou absolutamente tranqüilo em relação a
esses cargos, com a responsabilidade de que esses cargos já estão sendo
criados em extinção, condicionada ao término da avaliação do Plano Diretor. Se,
porventura, viesse a não terminar, no dia 31 de dezembro, automaticamente,
esses cargos estariam extintos. Esse foi o encaminhamento que demos. No
entanto, chegamos ao fim do mês e o Sr. Prefeito Municipal não encaminhou à
Casa as alterações técnicas, as que envolvem mudanças de índices construtivos
que têm enorme repercussão na vida da Cidade. Não encaminhou e não houve de
parte da Liderança do Partido dos Trabalhadores comunicação expressa de que
essa parte do Plano Diretor chegará à Câmara de Vereadores, nem recebi até este
momento a palavra do Sr. Prefeito a este Vereador, Presidente desta Casa, uma
manifestação neste sentido.
O que nos resta fazer numa
alternativa como esta, com a responsabilidade da condução, juntamente com os
demais membros da Mesa, é aguardar. E aí disse muito bem o Ver. Raul Carrion
que quem não deve não teme. Temos a consciência de que esses cargos são importantes
mas, não adianta nomearmos se não tem o objeto da discussão, que é a parte
técnica mais densa do Plano Diretor, a 2ª parte.
Por isso encaminhamos o
Projeto de Resolução. O Sr. Prefeito disse que ia encaminhar e não encaminhou.
Estamos até aguardando uma manifestação dele, chegamos a propor que esta Sessão
fosse para a tarde, que fizéssemos uma Extraordinária a fim de aguardarmos uma
manifestação formal do Sr. Prefeito anunciando que encaminharia a 2ª parte do
Plano Diretor a esta Casa. No entanto não houve um boa acolhida em relação a
essa possibilidade e se solicitou esgotar a matéria da Ordem do Dia. E o último
Projeto que tem é esse aí.
Então, o que nos resta
fazer? É o melhor caminho, o da responsabilidade, não quero dizer que os
Vereadores que pensam o contrário sejam irresponsáveis. Absolutamente. Respeito
o ponto de vista dos outros Vereadores. Mas, tenho a preocupação de ficar com
uma nomeação no vazio. Não haverá prejuízo nenhum em adiarmos por uma Sessão. E
como trilhamos o nosso caminho com responsabilidade, se o Prefeito anunciar,
proximamente, uma convocação extraordinária, e encaminhar a Plano Diretor, ou
um compromisso de que encaminhará o Plano Diretor, não tenho problemas em
incluir esse Projeto, quer seja na convocação extraordinária ou na primeira
Sessão do mês de a gosto. O que não pode é fazer uma nomeação no vácuo, fazer
uma nomeação quando a matéria mais densa do Plano não chegou aqui. Aí eu
concordo com o Ver. Dilamar Machado examinar tão-somente essa parte que está
aí, o conjunto que temos aqui teria todas as condições para tal. Portanto, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu encaminho pelas razões que arrolei o
adiamento por uma Sessão desta matéria. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Isaac Ainhorn retoma, neste momento, a Presidência dos trabalhos da
presente Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Em votação Requerimento solicitando adiamento da discussão do PR n° l8/96 por uma Sessão. O Ver. Jocelin Azambuja solicita votação nominal. Em votação. (Após a chamada.) REJEITADO por 13 votos NÃO, 12 votos SIM.
Estão suspensos os
trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 13h37min.)
O SR.
PRESIDENTE(às 13h48min): Estão reabertos os trabalhos.
Em votação a prorrogação da
Sessão por duas horas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
Apregoamos Emendas de nºs
07 e 08 ao PR n° 18/96, de autoria dos Vereadores Nereu D'Ávila e João
Dib, respectivamente.
Em discussão o PR nº 18/96.
(Pausa.) Em votação. O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta Casa muito bem deliberou em não adiar a
votação deste Projeto. Estou meio perplexo porque está se querendo fazer de um
Projeto simples, tranqüilo, embasado corretamente, com todas as justificativas
legais fundamentais para este processo, querendo se transformar, justamente
como se aqui houvesse um grande interesse de criação de cargos, querendo os
Vereadores se beneficiar com A, B ou C. Isso é lamentável por todos os
aspectos, porque enquanto o Executivo está aí há anos discutindo o seu Plano
Diretor com grande interesse das grandes imobiliárias de Porto Alegre, das
grandes construtoras, com interesse econômico, o governo discutindo com toda a
assessoria técnica, Engenheiros, Arquitetos, todo o seu pessoal, e aí manda à
Câmara e diz que isso só é parte do Projeto, depois manda a patrulha dizer aos
Vereadores que se eles não aprovarem estão mandando é porque vocês estão
negociando voto, querendo trocar por barganha. Estão querendo nos forçar a
levar esse Projeto para discutir em Sessão Extraordinária, não sei quais são os
interesses que estão por trás disso. Por que esse interesse em levar em Sessão
Extraordinária, para quem sabe barganhar, depois colocar mais um projetinho do
interesse executivo? Como sempre fazem às vésperas do recesso, prática odiosa,
malvista.
O executivo pode ter todo
tipo de assessoramento, os Vereadores do executivo têm acesso a todos
assessores do Executivo, agora o Legislativo não pode criar dúzias de cargos,
para assessoramento dos Vereadores para não serem enrolados. Muito bem disse o
Ver. Fernando Záchia, que não se sente em condições de votar um Projeto sem uma
discussão melhor, eu também sinto isso, como vamos chegar aqui e colocar como
se fosse uma barganha ?
Estamos discutindo uma coisa
séria, o futuro da nossa Cidade. Estamos discutindo assessoramento a Vereadores
que não são especialistas na área. Não se pode fazer assim patrulhado, às
pressas, sem uma discussão aprofundada. Claro que eu quero aprovar, amanhã
quero ter a possibilidade de ter um técnico para estudar o que está aí, dando os subsídios fundamentais. O dia
em que teremos que votar um Projeto, que não vai ser em regime de urgência,
espero que ninguém queira votar em regime de urgência, porque se assim for,
seria só para beneficiar alguns grandes interessados. Então, parece-me,
simplesmente, absurda esta prática que estão querendo fazer aqui, a de impor
aos Vereadores que não votem, que votem em Sessão Extraordinária, ou quando o
Prefeito quiser. Mas afinal de contas, a Mesa fez o Projeto; aprovo-o
Presidente da Mesa, aprovou-o, aí, chega aqui e quer transferir também, já não
quer votar. Qual é o medo? Qual é a
preocupação Srs. Vereadores, isso me causa espécie.
O Ver. Raul Carrion colocava
muito bem, pois ele conhece a questão da terra, conheçe questão habitacional de
Porto Alegre, respeitamos o seu trabalho. Neste sentido, ele sabe muito mais do
que nós. Precisamos realmente estar preparados e corretamente assessorados,
senão vão fazer com que aprovemos coisas, aqui, que não interessam a ninguém.
Estão querendo criar uma celeuma que só interessa Executivo, e nada mais. Por
isso é importante que a Bancada Governista tenha consciência disso e não obstaculize
o justo pleito para que todos Vereadores desta Casa tenham uma igualdade de
direitos. Para encerrar, quero dizer que está correto o Ver. Raul Carrion,
estão corretos os Vereadores que pensam que se não nos preparamos, se não nos
assessorarmos, se não tivermos as pessoas certas do nosso lado, a Cidade vai
perder e alguns poucos, como sempre, vão ganhar. Mas com que interesse? Com que
negociação? Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR.PRESIDENTE (Mário Fraga): O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para encaminhar o PR nº 18/96.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é bom que se retome a história pretérita
desta discussão. O Executivo Municipal enviou, ainda no ano passado, um Projeto
de Lei pelo qual se permitia que ele, Executivo, contratasse a seu bel prazer
funcionários, por contratos especiais, em caráter provisório, sob a alegação de
urgência ou necessidades específicas para atendimentos pontuais de algumas questões
do funcionamento do Executivo. Havia um número em aberto, infinito, havia uma
condição em a aberto, absolutamente solta, porque todo o julgamento, toda a
decisão e o alvitre fica absolutamente para o julgamento e decisão do Executivo
Municipal.
A Câmara de Vereadores, num
primeiro momento, rejeitou o Projeto, até porque se tinha clara perspectiva de
que esse seria um ano eleitoral e, portanto, de uma certa maneira, se daria uma
espécie de cheque branco aos partidos ligados ao Executivo Municipal. O
Prefeito Tarso Genro, nesse ano, insistiu com o mesmo Projeto, houve algumas
negociações na Câmara, embora o meu voto tenha sido contrário porque eu
continuo convencido de que é um equívoco a autorização que o Executivo recebeu
desta Casa - o Projeto teve a maioria de Vereadores. No bojo desta discussão,
creio que o Ver: Artur Zanella, em boa parte recordou-se de que nós
enfrentaríamos, neste ano, uma situação muito específica provocada pelo próprio
Executivo e o seu atraso, embora anunciado desde o primeiro dia da posse do
Sr. Prefeito Tarso Genro, até então não fora cumprido. E de fato, até esse
momento, não foi cumprido. É o envio das alterações do Plano Diretor. Nesse
sentido se fez uma Emenda ao Projeto. Emenda que, embora acertada, recebeu um
verto. Emenda que, posteriormente, segundo um segundo acerto, teve o seu veto
derrubado, sem que o Executivo - como é comum - apelasse ao Judiciário, contra
a Casa, no sentido de que Comissões e Bancadas, dentro de uma determinada
proporcionalidade, teriam igualmente autorização para, no acompanhamento,
discussão, debate, votação final dos projetos ligados ao Plano Diretor que
fazer contratação de assessorias técnicas.
Eu quero lembrar, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, de que quando era Presidente desta Casa o então
Ver. André Forster, a Casa resolveu criar um 3º cargo de assessoria a cada
gabinete, a cada Vereador, e que foi exigência, dentre outras, deste Vereador,
que esse cargo não fosse transformado em mero assessor, cabo eleitoral ou coisa
parecida, mas fosse, de fato, um cargo
técnico. E pela primeira vez, a Câmara de Vereadores formalizava o fato de que
cada Vereador teria a sua disposição e à sua escolha, no seu campo, de
preferência de ação, uma assessoria técnica. E acho que esta decisão foi
importante para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, porque melhoramos a
capacidade de acompanhamento dos Projetos enviados ao Executivo, Executivo que
tem todo o tempo que quiser para elaborar um Projeto. Tem toda a equipe que
quiser e, como no caso do Plano Diretor, ainda contrata equipes de fora. É bom
que se lembre que, neste momento, está concluindo um contrato de uma equipe
internacional, técnicos do Uruguai e da Argentina, contratados pela Prefeitura
Municipal de Porto Alegre para realizar a unificação dos projetos, dois dos
quais aqui se encontram, outros tantos, um ou mais, não sabemos, serão ainda
enviado. No entanto, em geral, esta Casa tem, na melhor das hipóteses, 30 dias
para examinar a matéria, porque normalmente o Partido do Governo pede
imediatamente a urgência ou pede imediatamente o art. 81 e quer votar
imediatamente matérias de extrema complexidade.
É em nome desta preocupação
que nós defendemos a votação e aprovação deste Projeto. Os Vereadores de Porto
Alegre, para não serem iguais às Câmaras do interior, que são apenas capachos
dos Executivos, precisam ter assessoria técnica para examinar matéria de
complexidade e de conseqüências históricas da grandeza das que estão escritas
no horizonte das modificações da Lei 4379. Portanto, pela aprovação do Projeto.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Com a palavra o Ver. João Dib, para encaminhar.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, na realidade, nós estamos frente a dois Projetos
de Lei que aqui estão, um dos quais trata mesmo da imobiliária maior que esta
Cidade tem que é a imobiliária da Prefeitura, é a venda do ar, é a ocupação do
espaço aéreo por preços muito elevados e que interessa a muita gente.
A segunda, é a mudança de
filosofia do Plano Diretor que passa a ser não o Plano Diretor de Urbanismo,
mas sim, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Rural. Eu não sei bem onde
se enquadra, mas vejo que há aí uma preocupação iminentemente política, e não
técnica. Há uma nova filosofia que talvez ficasse bem atrás da “Cortina de
Ferro” quando ela existia, mas aqui, parece-me difícil que sirva.
Evidentemente, vamos precisar, sim, de técnicos que nos assessorem. Agora, eu
acho que não pode, em momento nenhum, a indicação do técnico ser um ato que
coloque aquele técnico à disposição deste ou daquele Vereador, ou desta ou
daquela Bancada. Os técnicos serão indicados pelas Bancadas porque confiam
neles, mas eles devem se reunir num sistema colegiado e analisar e transmitir
essa análise para todos os Vereadores.
Evidentemente que por serem
indicados por esta ou aquela Bancada e, portanto, deterem a confiança das
Lideranças e dos membros da Bancada, eles ouvirão a Bancada. Por isso, digo
que, no mínimo, 3 vezes por semana, eles devem se reunir, analisar o que está
ocorrendo, analisar a documentação que entra, as Emendas propostas,
Substitutivos, se for o caso, e dizer por um porta-voz: as coisas são assim.
Então, nós estaremos em melhores condições e não há porque temer. Na realidade,
eu também tenho uma Emenda reduzindo o número e indicações para que se possa
mostrar que nós estamos buscando uma solução para a Cidade, para o Plano
Diretor que é a peça mais importante as leis da Cidade depois da Lei Orgânica e
que todos nós, sem exceção, teremos dificuldade na análise.
Não se trata do Ver. João
Dib que já foi assessor-engenheiro ou que já foi Secretário de Obras, saber
mais que os outros Vereadores; não, todos nós estamos ignorando o que vai
conhecer com este Plano Diretor que vem aí. Todos nós precisamos de assessoria,
todos nós precisamos de uma análise, mas uma análise do conjunto, e não
isolada. Por isso, eu acho que as indicações devem-se constituir depois num
colegiado em número menor do que inicialmente propõe o Projeto. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Está com a palavra o Ver. Raul Carrion
para encaminhar o PR 18/96.
O SR. RAUL
CARRION:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores demais presentes.
O encaminhamento do Partido
Comunista do Brasil é favorável à votação do Projeto. Com relação às Emendas
examinaremos caso a caso, porque esta matéria é extremamente complexa do ponto
de vista técnico. Ela envolve grandes interesses, inclusive Mobiliários desta
Cidade e tem gravíssimas conseqüências sociais; principalmente, sobre a questão
da habitação. Portanto, esta matéria exige um assessoramento técnico
Especializado. Um parágrafo, colocado inadvertidamente poderá beneficiar um
grupo econômico ou poderá causar um grave prejuízo para a comunidade.
Pois bem, essa matéria tão
complexa tramita em nível do Executivo há praticamente quatro anos. Participei
do Cidade Constituinte que já abordou a questão das temáticas do Orçamento
Participativo, e assim por diante. O Executivo nesses quatro anos se assessorou
não só dos seus técnicos como contratou técnicos de fora da Prefeitura,
contratou universidades, empresas. Mais do que isso, veio aqui o Secretário do
Planejamento Comunicar o encaminhamento do Plano Diretor da Cidade.
O que esta Casa vai votar
hoje? O direito de ter uma equipe técnica especializada durante o prazo da
tramitação do Plano Diretor. No dia seguinte são demitidos ou - se por acaso
terminar o ano - são demitidos. Mas pode ser que o Prefeito mude de idéia e
deixe de encaminha. Pode ser que não venha este ano...E a Casa vai ficar
esperando, porque o Líder do PT não sabe se vem ou não, depois da SPM dizer que
vem.
Em segundo lugar, não se
encontra esse tipo de técnico na rua, para ser contratado por três meses. Vamos
ter que encontrar um engenheiro e um arquiteto que vão ter que estudar a Lei nº
43, que, para quem não sabe, é extensa, vão ter que estudar a legislação
federal, estadual e municipal. E se pretende que se inicie esse estudo somente
no dia em que o Sr. Prefeito decidir enviar o resto do Projeto porque o início
já veio...
Colegas ou isso é
irresponsabilidade desta Casa - da qual este Vereador não compartilha - ou é
algo mais. A Bancada do PC do B não vai dizer “sim” ou “não” ao que o Executivo
enviar. A Bancada do PC do B irá fazer Emendas, irá-se reunir com a UAMPA, com
o movimento popular, para ver o que eles pretendem; teremos as nossas
opiniões.
Portanto, o estudo da
alteração do Plano Diretor já deveria ter ocorrido, Ver. Gerson Almeida. É
obrigação do Executivo enviar o projeto de alteração de cinco em cinco anos;
passaram-se nove anos e ele não enviou. O que queremos é poder, no momento do
recesso formar a nossa equipe e estudar o problema. Consideramos uma
irresponsabilidade ou um medo de “patrulhamento” não querer votar esse Projeto
hoje, último dia antes do recesso. Não votar hoje é inviabilizar o trabalho em
cima do Plano Diretor para esta Casa durante o mês do recesso, que é
justamente um mês favorável a um estudo detalhado como o que esse Projeto
merece. Por isso, a Bancada do PC do B encaminha favoravelmente à votação e
aprovação desse Projeto. Muito obrigado.
(Revisto
pelo orador.)
O SR.
PRESIDNETE: Fernando Záchia está com a palavra
encaminhar.
O SR. FERNANDO
ZÁCHIA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, a linha de encaminhamento é a mesma que fiz por
ocasião da votação do Requerimento de adiamento por uma Sessão deste Projeto.
Entendo que a matéria é de extrema importância, tem obrigatoriamente a
necessidade de um assessoramento técnico desta Câmara. A maioria deste
colegiado, somos Vereadores de primeiro mandato, não temos um conhecimento
específico do Plano Diretor. Esta Casa não tem um assessoramento técnico nessa
área que possa emprestar aos Vereadores esse embasamento para que, aqui no
Plenário, votemos uma matéria de extrema importância para a Cidade de Porto
Alegre. O Executivo faz muito bem, quando contrata um assessoramento - e vejam
que o Executivo tem um quadro de funcionários
bem maior do que o da Câmara Municipal -, o faz com toda a razão porque
quer o melhor para a Cidade, para que possa desenvolver o Plano Diretor da
melhor maneira possível.
Ora, aqui temos um colegiado
de 33 Vereadores com as mais diferentes formações profissionais, temos
arquitetos, há pessoas que têm um conhecimento do Plano Diretor, até por sua
atividade na Casa; mas grande parte dos Vereadores não têm esse conhecimento
técnico e não têm essa experiência como legislador. Não podemos entregar a
essas pessoas que vão votar e determinar o destino do crescimento e da formação
da nossa Cidade se eles não tive um embasamento, um assessoramento técnico.
Temos que enfrentar as
coisas da maneira mais transparente possível, se é um momento de recessão, se é
um momento difícil, mas a Casa tem a necessidade de contratar, vamos assumir
esse ônus, somos políticos para isso também. Entendo e tenho a tranqüilidade de
dizer à comunidade que preciso de um assessoramento técnico para votar da
melhor maneira possível. Eu não concordo é que se leve isso às vésperas de uma
eleição - e a maioria desta Casa vai concorrer a uma reeleição - para que
sejamos, na mídia, acusados de estarmos contratando, em vez de técnicos, cabos
eleitorais. Este é um risco que temos que correr. Por que não assumimos, agora,
neste momento, e vamos trazer, de imediato, para que possamos discutir a
primeira parte do Projeto do Plano Diretor que está na Casa e já cumpriu três
Pautas, sem que tenha ocorrido uma discussão muito profunda. Apenas dois ou
três Vereadores, meu querido amigo João Dib, é que sempre têm discutido a
matéria e são aqueles que têm conhecimento técnico sobre o tema ou têm uma
experiência de legislador nesta Casa.
Agora, se existe na Casa
parte do Projeto e nós vamos contratar os técnicos em meados de agosto, por
que não contratamos agora para que eles possam desenvolver, Ver. Clovis
Ilgenfritz, um estudo desse Projeto para subsidiar melhor os Vereadores, pois
eles estarão votando pela Cidade de Porto Alegre?
Ora, nós estamos fazendo
drama, fazendo um grande teatro, achando que isso é uma imoralidade. Não é
imoralidade alguma. Da mesma maneira que eu concordo e entendo que o Executivo
Municipal tem se assessorado da melhor maneira possível, os Vereadores, as
Lideranças e as Comissões necessitam desse assessoramento técnico.
Concordamos, também, com a
Emenda do Vereador João Dib, embora
estejamos convencidos de que não precisaria Emenda, pois estendemos que
esses assessores devem trabalhar em conjunto para que assessorassem não só os
Vereadores da Bancada, não só os Presidente de Comissão, mas que assessorassem
os trinta e três Vereadores desta Casa. Nós, os trinta e três Vereadores temos
a responsabilidade do destino e do futuro desta Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Henrique Fontana está com a palavra para encaminhar o PR 18/96.
O SR. HENRIQUE
FONTANA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Eu venho à tribuna, em nome da Bancada do PT,
para reafirmar um compromisso. Nós entendemos que quando a próxima fase do
Plano Diretor for apresentada a esta Casa, se justificará que as Bancadas
tenham assessoria para examinar essa segunda fase do Plano Diretor. Nós entendemos
que os dois Projetos que estão protocolados nesta Casa hoje não justificam a
criação de uma assessoria especial para examinar o Plano Diretor.
Mas uma dúvida nós temos que
jogar para este Plenário: se estamos todos de acordo com a Emenda nº 7, apresentada
pelo Ver. Nereu D'Ávila, que diz que os cargos a serem criados para avaliar o
Plano Diretor só o serão quando o Executivo encaminhar a parte final do Plano
Diretor, então a pergunta que fica é “por que precisamos votar hoje?”
Nós dizemos com todas as letras, desta tribuna: quando chegar o
Projeto do Executivo a Bancada do PT vota, no mesmo dia, a favor da assessoria
às Bancadas para avaliar o Plano Diretor. Agora, nós não podemos aceitar a
lógica colocada por alguns Vereadores que dizem que o Executivo tem obrigação
de colocar o Plano Diretor aqui na semana que vem. Seria bom até que o Plano
Diretor já estivesse nesta Casa, mas se trata de um Projeto complexo,
importante para o futuro da Cidade, que mexe com variações muito importantes em
relação ao futuro da Cidade. Então, é preferível algum atraso do que uma medida
precipitada e que jogue o Plano Diretor, de repente, numa votação inadequada.
Então, se todos estamos de
acordo com a Emenda do Ver. Nereu D'Ávila, que diz que se justificará, sim, a
criação de uma assessoria especial para as Bancadas, para avaliar a questão do
Plano Diretor quando for encaminhada a segunda parte do Plano Diretor, por que
não podemos todos pactuar publicamente e votar sim ao Projeto de criação das
assessorias especiais, com Emendas como a que propõe o Ver. João Dib, que reuna
o colegiado e outras? Por que não podemos todos pactuar publicamente? Se ele
vier no dia 20 de julho, no dia 1º de agosto, na 1ª Sessão, podemos aprovar a
assessoria para avaliar o Plano Diretor. Se o Executivo tiver dificuldade e não
conseguir protocolar a Emenda, nós não criaremos a assessoria. Alguns
Vereadores, como o Ver. Raul Carrion, repetirão, dizendo que o Executivo tinha
a obrigação de mandar o Plano. É um debate político. Eu entendo que o melhor
seria que o Plano estivesse aqui. Mas ele não está.
A pergunta que assalta o
Plenário é: por que a necessidade de votar hoje, se a Emenda do Ver. Nereu
D'Ávila diz que os cargos só serão efetivados quando vier a segunda fase do
Plano Diretor? Eu não consigo entender por que não podemos pactuar
publicamente. Não estou aqui encaminhando um voto da Bancada do PT, até porque
ainda estamos debatendo e discutindo Está difícil de entender. Essa pergunta
não tem resposta. Alguns Vereadores colocam uma posição adequada, estou
olhando o Ver. Antonio Hohlfeldt, porque dizem o seguinte: os Projetos que
estão na Casa já exigem assessoria especial. Nós entendemos que não, que os
dois que estão na Casa não justificam a assessoria especial. Nós entendemos
que o próximo Projeto, sim, justificará. Então aceitamos a divergência de
idéias, mas não podemos entender que tenhamos que votar hoje um Projeto para
instituir uma assessoria que só será instituída, pelo que diz a Emenda 7,
quando vier a segunda fase do Plano Diretor.
Então, por que não pactuar
publicamente e perante toda a Cidade que nós vamos instituir a assessoria
especial e aí, sim, quem não deve não teme e, de fato, quando vier o Plano
Diretor, na sua segunda fase, nós teremos motivos e necessidade de criar essa
assessoria e, portanto, aí podemos todos votar unanimemente a favor de uma
assessoria que é adequado que a Casa tenha.
Agora, hoje, está confuso porque alguns argumentos estão
misturando alhos com bugalhos. Por exemplo, o Ver. Jocelin Azambuja chegou ao
cúmulo de dizer nesta tribuna que a Bancada do PT estaria se negando a votar
porque queria propor algum tipo de barganha. Não, Vereador. Nós estamos
dizendo, publicamente, somos a favor da assessoria especial para avaliar o
Plano Diretor, quando for protocolada a segunda fase do Plano Diretor, que é a
que demanda essa assessoria. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Nereu D'Ávila está com a palavra para encaminhar o PR 18/96.
O SR. NEREU
D`ÁVILA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Quem assiste aos trabalhos e nos honra com a
sua audiência pode pensar que, com a manifestação do Líder do PT, esta Casa é
contraditória, ou alguns dos seus componentes. Mas, na verdade, não é nada disso.
Este é um Projeto da Mesa Diretora da Casa.
Havia um consenso entre a
maioria dos Vereadores de que o Plano Diretor, trabalhado e estudado há meses,
senão anos, pelo Executivo, e que tem uma diretriz concreta das suas
modificações que vai alterar toda a problemática de composição de zonas
residenciais, comerciais e tantas outras desta Cidade. Existe uma Lei que diz que cinco em cinco anos, há que haver a
revisão do Plano Diretor, pelo próprio crescimento vegetativo da Cidade de
Porto Alegre. Havia consenso, inclusive, entre o próprio PT, de que a Câmara
tinha necessidade de se acautelar, de estudar, mais profundamente, o Plano
Diretor, quando ele chegasse à Casa. Pois bem, nós, após idas e vindas, fluxos
e refluxos, resolvemos, diante da manifestação do PT, que pediu, pela palavra
do seu Líder, urgência, votar alguns Projetos antes deste que, agora, está em
discussão.
O PT também pediu que se
votasse a questão da desafetação de áreas como a Cosme Galvão, tão polêmica
nesta Casa. Atendemos essas reivindicações do PT. E mais, com o pedido de
vistas do Ver. João Dib, vai haver uma Sessão Extraordinária para esta Casa,
mais uma vez, ajoelhar-se diante dos pedidos e das exigências do Partido do Governo
e do seu Líder nesta Casa.
Nós anuímos a tudo aquilo
que nos fez, como pedido, a Liderança do PT. Quando, na hora da votação de um
Projeto instituído pela Mesa, teve-se dúvida sobre se ele seria votado agora,
ou não, eu cheguei a propor que, diante da convocação extraordinária - forçosa
- se incluísse a criação dos cargos. Novamente não houve consenso. O Presidente
da Casa, acautela-se, também, porque não sabe se vem ou não vem o Plano, embora
tenha convicção de que, politicamente, não há remédio, se não vier o Plano, se
não os 10 candidatos, dos 11, da Prefeitura de Porto Alegre, cobrarão do Sr.
Raul Pont, candidato do PT, porque não manda o Plano anunciado desde o ano
passado. Já vieram algumas migalhas para esta Casa, anunciando o Plano Diretor
como o problema do solo criado.
O PT ficará insustentável
nessa campanha senão mandar o Plano Diretor.
Pois bem, então, nós
derrotamos o adiamento proposto pelo Presidente da Casa. Aí, o líder do PT me
disse que não tinha condições de votar se não apresentasse a Emenda. Pois,
novamente, anuímos ao pedido do Sr. Líder do PT. Agora, na undécima hora o PT
não quer votar a única exigência da Casa, porque só quer votar o que lhe convém
e o que lhe interessa, em convocação extraordinária.
Então, não há mais como
suportar as exigências do PT nesta Casa. Somos retratáveis aos pedidos do PT
quando há conveniência da Cidade. Mas, agora, na hora que foi pedida esta
Emenda pelo Líder do PT...
O Sr. Henrique
Fontana (aparte anti-regimental): Mas a Bancada do PDT fecha com a Emenda.
O SR. NEREU
D'ÁVILA:
Mas a Bancada do PDT não manda na Casa. E eu, como Líder não tenho o condão
obrigar os Vereadores a esta ou aquela atitude. A maioria da Bancada do PDT
votará a favor da Emenda e do Projeto.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Questão de Ordem): O Vereador na tribuna está sendo tratorado pelo
Líder do PT, não respeita nem o Líder do PDT que está na tribuna.
O SR.
PRESIDENTE:
Obrigado Ver. Jocelin Azambuja, já tinha falado com o Ver. Henrique Fontana,
que me atendeu.
O SR. NEREU
D'ÁVILA:
Finalizo, invertendo o raciocínio do Líder do PT que me antecedeu nesta
tribuna. Se há um acautelamento de que só serão nomeados os cargos depois que
vier a parte final do Plano Diretor, conforme nossa Emenda, porque razão não
votar agora, porque estamos às 14h30min trabalhando e aprovando a maioria das
matérias de conveniência da Administração Popular? Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Luiz Negrinho está com a palavra para encaminhar.
O SR. LUIZ
NEGRINHO:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu venho à tribuna, neste momento, para fazer
uns pequenos esclarecimentos. Eu não ia me pronunciar a respeito deste
Processo, até porque já tinha opinião formada desde quando circulou na primeira
Pauta. É do conhecimento de todos que tenho muita dificuldade, até porque venho
de uma vila de Porto Alegre - Vila Cruzeiro - e não tenho muito conhecimento
do Plano Diretor. Tenho muitas dificuldades e reconheço, com humildade, que
muitas vezes tenho votado Projetos auxiliado por colegas. Na manhã de hoje
votei três Projetos que tratam do solo urbano da Cidade, Projetos de
desafetação de área.
É verdade que não tenho
conhecimento técnico para dar um voto favorável ou contra e auxiliam-me Vereadores
mais antigos para que eu não cometa erros. É normal as pessoas lerem nos
jornais que Vereadores assinam sem ler, sem saber o que estão votando. Eu não
cometo esse erro. Tudo que voto, mesmo não tendo conhecimento específico, eu me
auxilio de um Vereador mais experiente. Não estou vendo nenhum problema para
que este Processo que cria esses cargos de assessoria específica para discutir
o Plano Diretor da Cidade não seja votado, nem aprovado. Eu não entendo o
porquê de todo esse emaranhado sobre uma coisa que poderia ter sido resolvida
de manhã. Se é o problema de criar cargos para a Câmara, nos processos
apreciados pela manhã criaram-se e cargos para o Executivo também, e nós
votamos favorável pela maioria. Quando é um Projeto de interesse do Executivo é
colírio, quando é Projeto para o Legislativo é pimenta. Então, temos que
começar a ter um pouco de coerência. Isso eu tenho cobrado do Executivo, quando
às vésperas do nosso recesso parlamentar, nós nos vemos com uma Pauta cheia de
processos que são segurados e encaminhados na última hora para serem votados
atropeladamente. Isso tem ocorrido aqui.
O Plano Diretor da Cidade, que vai prejudicar a maioria dos
senhores, está vindo nessa condição, na última hora, sem tempo hábil para ser
analisado. E como eu já disse aqui, eu preciso consultá-lo muitas vezes, eu
tenho uma proposta de que seja através de Emenda, ou sei lá como vamos fazer.
Sei lá eu não sei como é que
vamos fazer, o pessoal quer diminuir a testada dos terrenos, em vez de 4 metros,
no mínimo, querem mudar para 3,5 ou 3. Diminuir. Muitas vezes as pessoas não
tem um terreno adequado para construir e são obrigadas a deixar na frente de
sua casa 4 metros desperdiçados por uma calçada, para a casinha do cachorro!
Então, existe essa proposta, mas como é que eu vou fazer? Eu tenho que estar
assessorado, tecnicamente, para mostrar, através do Projeto de Lei, como é que
eu vou fazer.
Eu quero que os presentes
entendam que nós não estamos aqui brigando por cargos, não nada disso. O que
está ocorrendo é por um pronunciamento do Sr. Prefeito há uns 20 dias, dizendo
que até o dia 30 de junho o Projeto estaria aqui. E como membro da Mesa desta
Casa, nós tomamos a decisão de criar esses cargos de assessores para discutir
o Plano Diretor. É justo. Não tem nada de imoral, de ilegal. Está-se criando a
dúvida se o Prefeito vai mandar o Projeto ou não. Ora, se o Prefeito vai para a
imprensa e diz que vai mandar e depois os Vereadores, aqui o representando
dizem que ele não vai mandar, então, eu não sei mais em quem acreditar!
O Executivo pode contratar
até sem licitação empresas para prestar informações em nível de 53 mil, como
foi o caso da Fundação do Centro de Estudos e Proteção ao Meio Ambiente, só
para discutir o meio ambiente. Agora, quando o legislativo precisa de uma
assessoria tem que estar nessa situação desagradável para quem está aqui, no
dia de hoje, um dia festivo da LBV, ouvindo tudo isso.
É lamentável, mas
infelizmente a incoerência domina essa Cidade. Muito Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. LUIZ
BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, temos uma Sessão Solene que havia sido marcada para as
14 horas, e os convites foram expedidos por esta Casa para que as pessoas aqui
viessem exatamente no horário marcado. Vieram pessoas de São Paulo para participar
desta Sessão. Então, pediria a V. Exa. que, explicasse a este público, o que está fazendo com que este horário não
possa ser cumprido.
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Artur Zanella está com a palavra para uma Questão de Ordem.
O SR. ARTUR
ZANELLA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, devemos votar o mais rápido possível dentro do nosso
Regimento. Por isso quero abrir mão de uma das Emenda para qual havia pedido
destaque, para que se possam agilizar os trabalhos.
O SR.
PRESIDENTE:
Só gostaria de informar aos convidados que aqui comparecem em grande número, da
Legião da Boa Vontade, que a causa do
atraso se deve a uma Sessão da Câmara de Vereadores que iniciou às 9hl5min da
manhã e, tendo em vista o grande número de matérias, não houve interrupção.
Estamos trabalhando desde as 9 horas ininterruptamente. Pedimos desculpas aos
nossos convidados, estamos encerrando com a votação deste Projeto os trabalhos
da Ordem do Dia desta Câmara de Vereadores, pedimos a compreensão e as nossas
escusas. Não paramos ao meio-dia, continuamos pelo volume de trabalho e
considerando que dia 1º inicia-se o recesso de julho.
Com a palavra o Ver. Reginaldo
Pujol para encaminhar.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, procurarei ser breve, estamos
discutindo desde muito tempo uma única situação, se esta Casa deve ou não usar
os instrumentos legais que tem a sua disposição para permitir que os seus
integrantes, de forma adequada, cumpram com suas tarefas legais, que cuidem dos
Projetos de Lei com a responsabilidade que a comunidade, a população, nossos
eleitores, a sociedade está a exigir. Há muito que Porto Alegre ouve, lê,
assiste informações de que já se encontra, no Legislativo, o novo Plano Diretor
para ser discutido, debatido e deliberado pelos Senhores Vereadores. A primeira
parte do Plano Diretor já se encontra aqui. Há muito sustentamos a relevância
desse Projeto de Lei, que já justificou gastos extraordinários muito fortes por
parte do Município, contratos de muitos técnicos fora do seu quadro, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, alguns de fora do Estado e outros
de fora do País o que justifica que nós Vereadores, tenhamos para esse assunto
maior cautela e aquela responsabilidade que sempre caracterizou os atos desta
Casa.
Por isso entendo que devemos
votar esse Projeto aqui e agora para que possamos ter condições, especialmente
aqueles que tem Bancadas resumidas, como eu. Sou único Vereador nesta Casa da
minha Bancada e apesar da minha experiência de ter sido integrante do Conselho
do Plano Diretor, quatro vezes integrante do secretariado do Município não
tenho condições de votar essa matéria sozinho, preciso de assessoramente
técnico legal que seria utilizado, para que seja provado este Projeto com a
brevidade que a necessidade de cada um determina. Quem entende que não precisa
agora de assessoramento que não designe um assessor, mas quem tiver necessidade
- e confesso que tenho - que designe de imediato, porque para mim o que está na
Casa já justifica. E se o Governo do Município vai retardar - é o que temo -
indefinidamente a vinda desse Projeto, para nos encurralar mais ainda, nós que
já estamos encurralados, temos que estar antecipadamente, preparados. Por isso,
Sr. Presidente, acho que temos que votar já e aprovar a resolução que a
integralidade da Mesa propôs. Não é uma iniciativa do Presidente, é toda a Mesa
responsável por este Projeto, e por essa razão estamos, aqui, sustentando a sua
votação de imediato, para que ele possa produzir os seus efeitos,
imediatamente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador. )
O
SR.PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para
encaminhar.
O SR. ISAAC
AINHORN:
Srs. Vereadores, queria um pouco da atenção de V. Exas. Quando solicitamos a
elaboração deste Projeto, tínhamos um condicionante, ele era fruto, primeiro,
do encaminhamento da promessa do Sr. Prefeito de trazer a segunda parte do
Plano Diretor até o dia 30 de junho. O que não ocorreu. Em segundo lugar, o
Projeto nasceu após uma consulta às Lideranças da Casa. Consensualmente, todas
as Lideranças foram favoráveis a criação desses cargos em extinção, só
perdurando durante o período do Plano Diretor: o consenso e o encaminhamento
do Plano Diretor na segunda parte. Muito bem, encaminhamos e estamos aqui,
hoje, ao final do primeiro semestre dos trabalhos legislativos, querendo, neste
momento, votar o Projeto de Resolução de Criação desses cargos. Acho
importante a criação desses cargos, porque a assessoria técnica, bem referida
por diversos Vereadores, se faz necessária.
Agora, coloco um outro dado,
é correta a Emenda do Ver. Nereu D'Ávila, neste momento, uma vez que o Sr.
Prefeito não encaminhou o Plano até agora, qual seja: a de aprovar o Projeto de Resolução e
condicionar o provimento dos cargos - é isso que diz a Emenda do Ver. Nereu
D'Ávila - no dia em que o Sr. Prefeito encaminhar à Câmara de Vereadores o
Projeto do Plano Diretor.
Acredito que esta proposta,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, harmonizaria o conjunto da Casa, ela atende
ao conjunto da Casa. Eu tenho certeza, pelas conversações que estabeleci, que o
próprio PT votaria totalmente favorável ao Projeto de Resolução. Acredito que
o compromisso da aprovação da Emenda é fundamental. Na minha visão, aprovar a
criação dos cargos, provê-los sem que esteja aqui a segunda parte do Plano
Diretor é uma temeridade, porque é aquela que, efetivamente, exige o
assessoramento técnico. Nós encaminhamos este Projeto com a consciência, com a
palavra do Sr. Prefeito de encaminhar o Projeto até o dia 30, o que não
ocorreu. Portanto, eu encaminho favoravelmente, neste momento, com o condicionante
da aprovação da proposta do Ver. Nereu D'Ávila porque revela a responsabilidade
esta Casa, porque no momento em que vier o Plano Diretor, nós vamos prover os
cargos.
Daí tem sentido. De resto,
nós estaríamos numa situação verdadeiramente temerária, nós estaríamos provendo
cargos sem que estivesse aqui o Plano Diretor que deveria ser estudado. Não
existe preparo e aquecimento para discutir previamente porque nós não sabemos
o que vem lá do Executivo. Por tanto, volto a assinalar, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, a necessidade imperiosa da aprovação do encaminhamento para esta
Casa do Plano Diretor.
O SR.
PRESIDENTE:
Ver. Isaac Ainhorn, eu lhe asseguro seu tempo uma vez que o Ver. Luiz Negrinho
solicitou uma Questão de Ordem.
O SR. LUIZ
NEGRINHO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu acho que o Ver. Isaac Ainhorn,
Presidente desta Casa, não foi feliz no seu pronunciamento dizendo que é um
encaminhamento responsável. Não quer dizer que aqueles que são contrários
sejam irresponsáveis?
O SR. ISAAC
AINHORN: Eu
não disse isso, Vereador.
O SR. LUIZ
NEGRINHO:
V. Exa. deu a entender que aqueles que são contrários ...
O SR. ISAAC
AINHORN: Temerário, eu disse!
O SR. LUIZ
NEGRINHO (Questão de Ordem): V. Exa. falou responsável. Os outros que vão votar
favorável não são irresponsáveis.
O SR. ISAAC
AINHORN: Em
primeiro lugar, na minha avaliação, encaminhando, rigorosamente, não seria uma
Questão de Ordem.
Não atribuí à votação
qualquer manifestação de quem votar contra a Emenda seja irresponsável. Não, eu
disse que é uma temeridade, Vereador, nós criarmos os cargos, provermos os
cargos sem que esteja, aqui, a segunda parte do Plano Diretor. Encaminho
favoravelmente a aprovação da Resolução que eu assinei, quando o Prefeito deu a
palavra que encaminharia até o dia 30 de junho, o que não aconteceu até agora.
Então, nós temos que aprovar com a condicionante do provimento dos cargos com
a vinda da segunda parte do Plano Diretor, efetivamente. Caso contrário, Ver.
Luiz Negrinho, nós estaríamos cometendo, a meu juízo, uma temeridade. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. MÁRIO
FRAGA: Sr.
Presidente, solicito a palavra, para encaminhar, como autor.
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Estou consultando a Diretoria Legislativa, Ver. Mário Fraga, se pode
um outro membro da Mesa encaminhar como autor, igualmente, posto que assinou.
Embora seja omisso o
Regimento não há norma, o princípio geral é que o primeiro signatário, que
assina, é o autor, ainda que, para retirar o Projeto, teria que ter a anuência
da maioria dos Vereadores que compõem a Mesa. Então, é um Vereador só que encaminha,
como autor.
O SR. PEDRO
RUAS (Questão de Ordem): Eu não tenho dúvida de que o bom senso acompanha a posição de V. Exa.,
agora, também não tenho dúvida de que a autoria é da Mesa, não é do Presidente.
Tanto que a retirada impõe a assinatura de todos os membros da Mesa ou da
maioria. Neste momento, está sendo criada jurisprudência pela omissão anterior
do Regimento. Acho importante que se fixe, pelo menos, um parâmetro.
O SR.
PRESIDENTE:
Quem retira é o Presidente; com aprovação da maioria da Mesa. O Projeto é da
Mesa Diretora. Ressalvo, evidentemente, no encaminhamento a posição dos demais
Vereadores que compõem a Mesa.
O SR. MÁRIO
FRAGA (Questão de Ordem): Se V. Exa. estivesse deferido a mim para defender o Projeto, eu poderia.
Eu aceito. Sou totalmente contrário ao seu pronunciamento como autor deste
Projeto que assinei com V. Exa. Sou totalmente contrário ao seu pronunciamento.
O SR.
PRESIDENTE:
Eu gostaria de dizer a V. Exa. que encaminhei favoravelmente ao Projeto.
O SR. EDI
MORELLI (Questão de Ordem): É no mesmo sentido da Questão de Ordem do Ver. Mário
Fraga. Na qualidade de Vice-Presidente
da Casa, não concordo com o pronunciamento de V. Exa. na tribuna, uma vez que
V. Exa. encaminhou pela Mesa.
O SR. PRESIDENTE: Ressalvei, Vereador, mas está feito o seu registro.
Em votação o PR n° 18/96. A
votação será nominal. (Após a chamada.) APROVADO
por 18 votos SIM, 10 votos NÃO e 0l ABSTENÇÃO .
Em votação a Emenda nº 0l ao
PR n° 18/96. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, contra os votos dos
Vereadores João Dib e Jocelin Azambuja.
Em votação a Subemenda n° 0l
à Emenda n° 0l. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR. ARTUR
ZANELLA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a aprovação dessa Emenda prejudica a Emenda nº 5 de
minha autoria. Por isso, eu queria retirá-la.
O SR.
PRESIDENTE:
Não precisa, pois já foi declarada a prejudicialidade da Emenda nº 5.
Em votação a Emenda n° 03. 0
Ver. Jocelin Azambuja solicita votação nominal. (Após a chamada.) REJEITADA por 14 votos SIM, 15 votos NÃO. Prejudicada a Emenda n° 06.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu não projetei o cálculo
resultado da Emenda nº 3, se aprovada, mas eu entendo que se o cálculo não
igual a doze não fica prejudicada a Emenda nº
06.
O SR. JOSÉ
VALDIR (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eram necessários dezessete votos para aprovar a Emenda
nº 03?
O SR.
PRESIDENTE: Sim,
eram necessário dezessete votos. Projeto de Resolução que envolve criação de
cargos exige maioria absoluta de votos para a aprovação.
O SR. JOSÉ
VALDIR: Eu
tenho divergências sobre os números, mas como isso não prejudica o resultado
da votação fica tudo bem.
O SR.
PRESIDENTE:
Emenda nº 04. A Mesa vai colocar em votação nominal.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente, esta Emenda é absolutamente
dispensável, porque se ela for rejeitada ela não vingará. É do Regimento que
todo cargo de assessor técnico tem direito a RDE. Portanto, votar contra ou a
favor dá exatamente na mesma coisa. Só está se fazendo teatro.
O SR. NEREU
D'ÁVILA(Questão de Ordem): Sr. Presidente, nas atribuições os cargos de nível superior, todos os
cargos de nível superior tem RDE, nas normas já estatutárias. Nas atribuições é
evidente que o tratamento de tal matéria terá que ser feita em horário,
inclusive, fora do expediente. Então, nas atribuições do próprio Projeto está
inserido.
O SR.
PRESIDENTE: V. Exa. acompanha a linha de raciocínio do
Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ARTUR
ZANELLA(Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu não faço teatro, no momento a resolução ao Projeto
está absolutamente errada, porque diz o seguinte: “horário: 30 horas.” Não
existe, e depois exige que venham sábado, domingo e até a noite. Não tem como
vir sábado, Domingo, a noite em 30 horas. É impossível isso, então a resolução
está errada, tem que consertá-la. Agora se quiserem votar errado, para mim tudo
bem, não tem problema.
O SR.
PRESIDENTE:
Tendo em vista as considerações do Ver. Artur Zanella, em face desta
contradição que pode haver, vamos colocar em votação a Emenda nº 04.
Em votação. (Após a
chamada.)REJEITADA por Quinze votos SIM 13 votos NÃO, por não ter atingido a maioria absoluta de votos.
Em votação a Emenda nº 07, de
autoria do Ver. Nereu D'Ávila: os cargos a serem providos só o serão quando o
Executivo encaminhar a parte final do Projeto do Plano Diretor.
O SR. AIRTO
FERRONATO (Esclarecimento): Como o Executivo está enviando à Câmara esse Processo aos poucos, eu
gostaria de entender o que significa parte final?
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa esclarece que, pelas intervenções e depoimentos, a parte final
corresponde à segunda parte da área mais técnica. Não pode encaminhar Vereador,
posto que não houve destaque.
O SR. RAUL
CARRION (Questão de Ordem): Esta Emenda pode ser o último fascículo do Plano Diretor.
O SR.
PRESIDENTE:
Não é Questão de Ordem. Já foi feito esse esclarecimento “a pedido”, por
solicitação do Ver. Airto Ferronato.
Em votação a Emenda nº 07. O
Ver. Jocelin Azambuja solicita votação nominal. (Após a chamada.) REJEITADA por 16 votos SIM, 11 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 08,
de autoria do Ver. João Dib. A votação será nominal por solicitação do Ver.
Nereu D'Ávila. (Após a chamada.) APROVADA
por 18 votos SIM, 03 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
O SR. JOÃO DIB
(Questão de Ordem): Na forma do Regimento na próxima Sessão Ordinária que se seguir a
esta, já estou pedindo Renovação de Votação, e farei a justificativa da tribuna
e documentadamente.
O SR. DILAMAR
MACHADO (Questão de Ordem): Tendo em vista o hiato legislativo que se cria a partir deste momento,
quando entrarmos em recesso no mês de julho, não havendo Sessão Ordinária, em
Questão de Ordem requeiro a V. Exa. o esclarecimento em cima da declaração do Ver.
João Dib de que vai pedir Renovação de Votação, se V. Exa., na condição de
Presidente desta Casa efetuará, eventualmente, nomeação dessa assessoria do
Projeto recém votado.
O SR.
PRESIDENTE :
Quero informar que pode, a partir de agora, ser formalizado o pedido de
Renovação de Votação, face à comunicação do Vereador, não vai haver nomeação.
Solicito ao Ver. Edi Morelli
que faça a leitura das três declarações de votos existentes. Após encerraremos
a presente Sessão, e iniciaremos a Sessão Especial em homenagem à Legião da Boa
Vontade. Mais uma vez queremos pedir escusas aos convidados que se fazem
presentes, pelo atraso ocorrido, em função de que fizemos um trabalho corrido
desde as 9h. Muito obrigado a todos vocês.
Passo a Presidência dos
trabalhos ao Ver. Edi Morelli.
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): Declaração de Voto assinada
pelo Ver. Artur Zanella:
“Voto contra o adiamento e
reafirmo que, sem a contratação de técnicos especializados, vou fazer o
possível para que a análise do Projeto, já encaminhado a esta Casa, tenha
retardada a sua tramitação.
(a) Ver. Artur zanella.”
O AIRTO
FERRONATO (Questão de Ordem): Procede-se informação de que alguns Vereadores já
estão recebendo assessoria do Executivo cedida a esta Casa. Pode responder em
agosto.
O SR.
PRESIDENTE:
Solicitamos à Assessoria Legislativa que anote a Questão de Ordem do Ver. Airto
Ferronato para que seja respondida em agosto na primeira reunião.
Declaração de Voto assinada pela Bancada do PT:
“Votaríamos a favor se houvesse garantia da aprovação da Emenda nº 07 de autoria do Ver. Nereu D'Ávila. Como essa garantia não foi dada, votamos contra o Projeto de Resolução aguardando o momento do envio da segunda parte para então votarmos a contratação dos cargos técnicos.
(a) Bancada do PT.”
Declaração de Voto de
autoria do Ver. Dilamar Machado:
“Voto contra o Projeto de
Resolução que cria 19 cargos de assessoria especial por entender ser inoportuna
a criação de cargos, sem que o Projeto de alteração do Plano Diretor tenha
ingressado no protocolo da Casa. É agressivo o Projeto ao corpo funcional da
Casa e à própria Assessoria Técnica Parlamentar deste Legislativo.
(a)
Ver.Dilamar
Machado.”
Declaração de Voto assinada
pelo Ver. Elói Guimarães:
“Voto contra o Projeto em
que pese entender o Plano Diretor matéria especial que reclama assessoria
especial, todavia devemos aguardar a parte final do Projeto para, a partir
daí, examinarmos a necessidade técnica e a conveniência política de contratação
temporária de técnicos para assessoria em tela.”
(a) Ver. Elói Guimarães.”
Não havendo quórum encerramos a presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h25min.)
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